meu verso veloz atravessa a noite, arregimenta palavras... de todos os tamanhos, palavrinhas e palavrões... e importa o tamanho da palavra? uma curta, pra ser dita ao pé do ouvido... outra grandona, pra te alcançar até em Maceió... ó só, que coisa doida, essa multidão de palavras, ansiosas por um teu beijo, por se fazerem em tua boca... até o verso se demora um tantinho...
ilha de Ícaro
sexta-feira, 19 de dezembro de 2025
Camus
“Gostaria que no próximo ano reduzisse a minha vida ao essencial, tanto quanto possível, e tu estás nesse essencial.”
quinta-feira, 18 de dezembro de 2025
Roberto Bolaño
"La poesía entra en el sueño
como un buzo en un lago.
entra y cae
a plomo
en un lago infinito como Loch Ness
o turbio e infausto como el lago Balatón.
Contempladla desde el fondo:
un buzo
inocente
envuelto en las plumas
de la voluntad.
La poesía entra en el sueño
como un buzo muerto
en el ojo de Dios".
Roberto Bolaño | Resurrección
quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
terça-feira, 16 de dezembro de 2025
a curva da orelha
um punhado de minutos até a meia-noite e o pensamento que monopoliza minha caixola é a curva da tua orelha... perder-me na curva da tua orelha, até o contato de outra civilização de uma galáxia distante e quiçá mais pacífica... encontrar-me na curva da tua orelha, até que o tempo faça senso e a ampulheta se reconheça no espelho... gravitar em torno da tua orelha, até que me ocorra finalmente uma epifania e eu possa perceber que a gravidade existe enquanto estrutura cósmica só pra que eu me aproxime da tua orelha
segunda-feira, 15 de dezembro de 2025
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