segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
juro que danço sozinho, protegido pelas luzes apagadas e pelo barulho lá fora, o mundo é surdo
e eu sou cego, dois dedos de álcool e o tal mundo se rende, e atiro pela janela toda certeza analítica que faça casa em meu covil de arbítrios, sejam livres ou maquiavelicamente entorpecidos, só há espaço para um passo e depois o outro, nas vagas horas que se juntam a meus pés, aspirantes de ares mais altos, mais nobres que meus desejos sujos que poluem todo o ambiente, daqui até a lua há uma ponte construída unicamente da vontade absurda de fazer daqueles lábios a verdade do mundo, única e absoluta, fonte húmida de toda a sede que deserto algum já viu...
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
meus transtornos relativos à construção visual de determinados personagens por conta da propagação de imagens televisivas de personagens literários
Mas quando fui ler Otelo o problema alcançou dimensões um pouco mais drásticas, já que Otelo é uma obra séria, que exige a adequada concentração. Pois bem, começo a ler o livro e eis que dou de cara com um personagem chamado Iago, que é um dos mais interessantes personagens do universo shakespereano em minha opinião, só que possui o mesmo bendito nome do papagaio vermelho do desenho do Aladim. Diabos, o quanto amaldiçoei essa coincidência, supondo que se trate mesmo de uma coincidência e que o personagem não seja alguma forma de homenagem ao personagem de Shakespeare. O fato é que sempre que o personagem Iago aparecia em cena no livro, não conseguia imaginar outra figura senão um cara com uma cabeça de papagaio, e ainda por cima vermelha... era realmente complicado levar a cena a sério com uma figura tão esdrúxula conspirando contra Otelo e Desdêmona. Eu pensava "Deus meu, como esse mouro pode levar a sério tal figura" e a obra de Shakespeare padecia reconstruída nos recantos obscuros de minha mente. Por alguns momentos consegui me livrar de tão fatídica imagem, mas a verdade é que tive de dar continuidade à leitura sob tais circunstâncias e isso provavelmente afetou minha visão da obra.
Por esses dias cogitava a leitura de Fausto e me perguntava se a imagem que faria do protagonista seria a do Chaves vestido a rigor, como na interpretação chapolineana (olha só que termo chique), assim como o Seu Madruga (novamente ele) como Mephistópheles, mas só o tempo dirá.
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
5 centímetros por segundo
Acabo de assistir à mais recente animação de Makoto Shinkai, e me sinto bastante inábil com as palavras para descrever as sensações que tal obra me provocou. A animação recebe o título de "Byousoku 5 centimeter" ou "5 centímetros por segundo", que é a velocidade com que uma flor-de-cerejeira (sakura) cai da árvore. Há também um subtítulo "a chain of short stories about their distances" ou "uma corrente de estórias curtas sobre a distância que os separa", e é justamente a distância o ponto comum entre as três estórias curtas que compõe a obra, que têm como personagem principal Tohno Takaki, um garoto que se vê separado da garota que gosta por uma enorme distância.
Adoro o modo como Makoto Shinkai mostra o mundo em suas obras, o céu é sempre tão lindo e profundo que faz com que às vezes me perca apenas a contemplá-lo, esteja ele nublado, claro ou tomado pela neve que cai sem parar, é sempre um espetáculo. Os traços parecem fluir na tela, enquanto a vida passa ao fundo.
Especificamente nessa obra, o autor decidiu tratar de situações cotidianas, mas nem por isso menos problematicas, como, por exemplo, o modo como o tempo passa enquanto se espera uma pessoa querida, ou o modo como é enxergada a pessoa de quem se gosta (deus meu, por vezes a ampulheta me arece o pior instrumento de tortura). Seja através desses ou de outros exemplos, pude perceber um certo amadurecimento no autor, que consegue mostrar os angustiosos momentos que precedem uma declaração de modo primoroso, ou os caminhos alheios a nossa vontade que a vida por vezes parece seguir, dessa vez de modo doloroso.
E minhas palavras soam tão frias ao descreverem algo que me causou tanta comoção, que me parece pouco provável que eu consiga fazer uma justa descrição da obra. Me causa também um certo estremecimento pensar nas palavras de um certo professor meu, que me aconselhou a não recomendar as obras que são alvo de minha estima, já que isso só serve para causar desapontamento. rs E ainda assim, recomendo fortemente todos os trabalhos do senhor Makoto Shinkai, mas essa obra em particular. E quem não gostar que se exploda.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
A noite
Segundo a mitologia grega, a deusa da noite, Nix, é filha do caos e mãe do dia. Também mãe de Hypnos e Thanatos, ela percorre o céu com seu manto negro, e é origem simultanea de sonho e morte, representa a criação, o inimaginável e a perenidade, e, com suas horas que se arrastam, parece desdenhar do tempo. Drummond diz que "à noite nascem as revoluções" e talvez por isso seja ela temida e respeitada por todos os deuses, por ser o berço e o caixão do que é ou pode vir a ser.
Enciclopedismo à parte, a verdade é que a noite me parece verdadeiramente fabulosa, com sua imensa gama de possiblidades, ela traz junto a seu manto as tantas horas de solidão que são necessárias à confecção de qualquer ode que se julgue minimamente pretensa a chamar a atenção de Eros. Em caso de companhia, e talvez de Eros já ter sido acionado, a noite oferece seu manto aos que nela se aventuram, reservando apenas aos ouvidos queridos as palavras que, ao dia, padeceriam de acanhamento, ou simplesmente o silêncio necessário para que duas bocas se encontrem por um instante, ou uma eternidade, a ser decidido pela intransigência da ampulheta. E a iluminação? Simplesmente fantástica... a lua passeia através do manto da noite, com o intuito de prover as necessidades mínimas ou melancólicas daqueles que perambulam através dos domínios de Nix. Enlouqueci? Talves seja Morpheus a desempenhar seu incansável trabalho.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Ministro japonês expõe sua preocupação frente a uma possível invasão alien
Ele lembrou que seu país já usou poder militar contra Godzilla, no cinema.
Pouco depois de o chefe de gabinete do primeiro-ministro japonês dizer publicamente que acredita em aliens, o ministro da Defesa reforçou o discurso temeroso de ameaças de outros mundos e declarou estar analisando uma forma de reagir militarmente a este tipo de ameaça.
Shigeru Ishiba, conhecido como “nerd da segurança” lembrou que o Japão já usou seu poderio militar contra o monstro Godzilla, no clássico do cinema.
“Não temos embasamento para negar que existam objetos voadores não-identificados e alguma forma que vida que os controle”, disse Ishiba, reforçando que era uma opinião pessoal, e não a do Ministério.
“Poucas discussões foram realizadas para se saber as bases legais para este tipo de reação”, disse Ishiba, arrancando gargalhadas dos repórteres. Ele disse estar analisando os diferentes cenários em que poderia haver uma invasão alienígena.
“Se eles chegarem dizendo: ‘Povo da Terra, vamos ficar amigos’, não seria considerado um ataque ao nosso país”, disse. “E tem também a questão de como devemos reagir se não conseguirmos entender os que eles dizem.”
'Eu acredito'
Nobutaka Machimura, chefe de gabinete do primeiro-ministro japonês, arrancou gargalhadas de jornalistas, na terça-feira (18), durante uma entrevista coletiva. Machimura afirmou que objetos voadores não identificados (OVNIs) existem.
A afirmação foi uma resposta ao parlamentar do Partido Democrático, o oposicionista Ryuji Yamane, que cobrou do governo uma declaração sobre a visita de extraterrestres já que considera que “este é um assunto que a nação está interessada em saber; um assunto de segurança nacional”. Segundo Yamane, o governo “nem tenta coletar informações necessárias para a confirmação”.
A declaração do chefe de gabinete aconteceu após o próprio gabinete ter liberado um comunicado que dizia que não poderia se posicionar sobre o assunto por não haver confirmação sobre a existência de OVNIs.
Já durante a entrevista coletiva, Machimura afirmou que o governo só poderia oferecer uma resposta estereotipada sobre o assunto, mas soltou em tom de ironia: “pessoalmente, eu definitivamente acredito que eles existem”.
Mais tarde, o chefe dele, o primeiro-ministro Yasuo Fukuda deu a palavra final do governo sobre a existência de OVNIs: "eu ainda tenho que confirmar”.
Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL235196-5602,00-PARA+MINISTRO+DA+DEFESA+JAPAO+ESTA+PRONTO+PARA+GOD ZILLA+NAO+PARA+ALIENS.html
O que posso dizer? The truth is out there...
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Só pra lembrar do tempo em que as cartas de amor ainda eram ridículas, e de papel... rs
Qaul era o método? Se mandava pelo correio ou se atirava a carta por baixo da porta da fulana? E a expectativa? será que ela já leu? será que gostou? aquele meu verso pífio surtiu algum efeito? Ah como devia ser bom ser admirador secreto... se a resposta fosse positiva, você aparecia, em caso de negativa, era mais fácil se esquivar... rs
Aposto que em caso de se receber uma carta resposta, imediatamente se procurava o cheiro da remetente no envelope, e na carta... email não tem cheiro... que chato... e não se pode guaradar em caixa de sapatos, para a posteirdade... hoje os servidores do google é que são as caixas de sapato gigante, pro caso de alguém ainda ser ridículo... se essa porra pifa um dia, quantos suspiros terão sido deletados? as cartas de amor pairam no universo virtual, entregues ao destinatário, ou presas em caixas de rascunhos. Mas ainda é possivel ficar imaginando a cara da pessoa ao ler a dita cuja...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Eu by South Park
Seguindo a onda do Simpsonize Me, criaram um site onde você se transfigura num personagem de South Park, que é um dos cartoons mais nonsense que já vi na vida (e é bom pra caralho). Resolvi me inserir nesse universo de violência gratuita e em doses cavalares, e essa figura é o resultado. Será que se parece comigo? O cabelo despenteado e a mochila certamente trazem alguma lembrança... Enfim, pra quem quiser tentar a sorte, eis o site: http://www.sp-studio.de/
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Atravesso as ruas sem nome de minha pitoresca cidade, em busca de qualquer personagem rodriguiano que salte, apareça em alguma esquina, com todas as paixões e obsessões das quais apenas os personagens de Nelson parecem ser capazes. Não tiro da cabeça o quanto me parece anti-poético que uma rua não possua um nome, é como se o João Batista responsável por batizar toda e cada uma das ruas tivesse se esquecido desse pedaço de mundo. Me parece praticamente impossível que surja um Caetano a cantar tais ruas em sua característica voz: "alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João" e eu tento fazer o possível para que minhas lembranças não se percam entre os Conjuntos que localizam de forma tão certa os corações que dispõe de tão pouca certeza... "rua do beijo roubado", arbitrariamente batizo uma rua... e ela passa a fazer parte do mapa distorcido que habita minha bagunçada cabeça. "Rua da oração", e a tal rua parece ganhar vida, entre os conjuntos x e z, ela passa a existir e significar algo, ainda que apenas pra uma pessoa. Mas acho que isso faz parte do solipsismo cartesiano, que parece mais solipsista do que nunca as quatro da matina... e nomeando as ruas me dou conta de que os personagens rodriguianos estão todos lá, comprando pão ou se acabando em alguma paixão mau resolvida, talvez os dois...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
poema sobre a lua
Lua passa, trabalhadora insone, vaidosa que só ela, não pode ver um espelho que já vai se ver refletida. E gira ao redor da terra, só pra ser vista por todos, sem excessão ser cantada, por sua clara, leitosa figura, quinem seio de menina bonita, por sua forma circular, infinita, perfeita.
E Lua enfeita foto, se faz em cada cenário, dona da noite, dama da nata, uma nata poetisa, muda, dizendo todas as palavras, cantando todas as canções, todas as cantadas, é mais um dia de Lua, que conta seu próprio tempo, sem relógio.
Mas Lua tem várias faces, várias máscaras, uma mais bela que a outra
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
be happy
E o meu braço? Não escrevi como Drummond, nunca ganhei um campeonato de quedas de braço e não o pousei sobre o ombro da garota mais linda que já vi na minha vida...
Herege, gritarão os deuses, és um afrontador da misericórdia divina, pois não aproveitaste o breve tufo de areia que Chronos tão gentilmente te concedeu... terás o braço cortado e, assim, como diz na música do Raimundos, terás de tocar bronha com a outra mão (Porra, será que a tonitroante voz faria referência a uma música do, deus os tenha, Raimundos?)
E a perna? Cairá, é claro, num ataque feroz e justiceiro de tétano (essa porra tinha que servir pra alguma coisa, instrumento da cólera divina), assim jamais dançarás samba, mas como consolo poderás espalhar que já não és doente da cabeça, apenas o pé é que é doente, enfim, jamais farás vinho através das prórpias micoses e nunca, ouves bem, nunca farás um gol de bicicleta aos quarenta e quatro minutos do segundo tempo em pleno Maracanã lotado...
porra, aí minha vida acaba...
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Conhecendo o seu mundo
Olha só que jogo interessante... você têm que localizar no mapa as cidades, monumentos ou batalhas históricas que aparecem na tela. No início é fácil, mas vai ficando muito apelão à medida em que se avança. Cheguei no level 8, mas ficou phoda... depois vou ver se passo de nível.
sábado, 1 de dezembro de 2007
dez anos depois
O fato é que escrevi um email para o "eu" de daqui a dez anos (na verdade escrevi dois, mas só vou divulgar um rs). Eis o dito cujo:
Caro futuro eu, dez anos depois, me encontro preso ao passado, ainda? Que horizontes novos persegui, e quais, dentre esses, me são caros? Meus amigos têm uma paciência tão duradoura a ponto de ainda me aturarem? Quantas amizades novas cruzaram meu caminho? Quantos amores me bateram a aorta, como dizia o atemporal Drummond, e em quantas portas bati? Quantos corações parti e em quantos pedaços o meu se partiu? Por quantas calçadas cambaleei, ou dancei em noites ébrias? Acompanhado ou sozinho? Solitário ou risonho? Risível?
Por quantas vezes me despi de minha timidez e proferi verdades completamente tamporais?
E eu que não sei contar direito, terei feito de meu caso um conto? De meu acaso um caso? E de cada ocaso uma ocasião? Provavelmente não... rs
Deus meu, ainda serei ateu? Atoa? Terei dinheiro ou coroa (que me sustente)?
Rirei de mim hoje, ou de ti, caro eu-dez-anos-mais-velho? Provavelmente de ambos...
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Wolf's Rain Ending
Interrompendo um pouco a série de cenas de filme que me marcaram, trago esse magnífico encerramento desse anime que começou de maneira fantástica e se perdeu ao longo do caminho (em minha opinião)... o nome da música é "gravity" e está na belíssima voz de Maaya Sakamoto.
Só pra constar... adoro o youtube, que me proporciona ver esse tipo de coisa sempre que quero...
o mundo virtual ou o virtual mundo que nos encerra
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
As good as it gets (Melhor Impossível)
Umas das melhores declarações já feitas na história do cinema, em minha modesta opinião... Quando o personagem de Jack Nicholson se desdobra pra tentar fazer um elogio à personagem da Helen Hunt..."you make me wanna be a better man"...
"that's, maybe, the best compliment of my life" responde ela.
Do caralho...
sábado, 10 de novembro de 2007
Sonhos - Corvos
O que posso dizer sobre esse filme? É um sonho, um sonho embalado ao som de Chopin, um passeio pelos quadros de Van Gogh, uma viagem pelo gênio de Kurosawa... acho que era esse tipo de coisa que Nietzsche tinha em mente quando disse que é a arte que nos faz suportar a realidade.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
True Romance - Clarence Deals With Drexl
True Romance (traduzido porcamente por essas bandas como "Amor à queima-roupa")... só pra lembrar, o roteiro desse filme é do Tarantino e foi dirigido pelo Tony Scott.
bom... nessa cena o personagem do Christian Slater, Clarence, vai discutir com o cafetão (Gary Oldman) de sua namorada "ex-puta" Alabama (Patricia Arquette)uma indenização para que a fulana deixe a profissão... O diálogo que se segue é simplesmente fabuloso...
Unforgiven - A Greatest Fight Scene -
Cena phoda de um filme phodissimo... A parte em que William Munny (Eastwood) entra no boteco e pergunta quem é o dono da espelunca, pra em seguida atirar no pobre diabo é impagável... e as falas? magnificas... "já matei mulheres, já matei crianças... já atirei em quase tudo que anda ou rasteja, mas estou aqui pra matar vc, Little Bill"... é mais ou menos isso...
Eternal Sunshine of the Spotless Mind
"I could die right now, Clem. I'm just... happy. I've never felt that before. I'm just exactly where I want to be. "
ai ai... não consigo imaginar uma maneira de essa cena poder ser melhor... "I could die right now"...
Grandes Esperanças
"You know what this is?
It's my heart.
And its broken.
Can you feel it?"
Precisa dizer mais alguma coisa? Dá pra ver o coração do cara aos pedaços... "can you feel it?" Se fosse pra dar um outro título a esse filme, o chamaria de "Meu coração está partido"...
marasmo
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Fico Assim Sem Você | Adriana Calcanhotto - [clipe]
muito bacana esse clipe caseiro feito pra música da Adriana Calcanhoto...
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
terça-feira, 16 de outubro de 2007
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
cotidiano
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
domingo, 2 de setembro de 2007
la la la la la, la la la la
sábado, 1 de setembro de 2007
on your mark
Quem já conhece alguma obra do Estúdio Ghibli já ouviu falar de Hayao Miyazaki. Esse é um pequeno music-video produzido por Miyazaki em 1995 quando do lançamento de "Whispers of the Heart" (que por sinal é muito bacana).
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Pra descontrair
Deus perguntou aos Gregos:
- Vocês querem um mandamento?
- Qual seria o mandamento, Senhor?
- Não matarás!
- Não obrigado. Isso interromperia as nossas conquistas.
Então, Deus perguntou aos Egípcios:- Vocês querem um mandamento?
- Qual seria o mandamento, Senhor?
- Não cometerás adultério!
- Não obrigado. Isso arruinaria os nossos fins-de-semana.
Chateado, mas não derrotado, Deus perguntou aos Assírios:
- Vocês querem um mandamento ?
- Qual seria o mandamento, Senhor?
- Não roubarás! - Não obrigado. Isso arruinaria a nossa economia.
Deus, enfim , perguntou aos Judeus:
- Vocês querem um mandamento?
- Quanto custa?
- É de graça.
- Então manda DEZ!
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
desenho
Sabe que eu tenho uma puta inveja de quem sabe desenhar... as vezes quero me desprender da tirania da caneta e dizer o que minha boca não consegue gritar nas clássicas manhâs cinzas que se seguem de Drummond, mas tudo o que consigo desenhar é uma casinha, que por sinal é bem charmosa, mas poxa... de vez em quando tenho a impressão de que entendo um pouco o que Heidegger sentia ao flertar com o abismo que separa a metafísica da linguagem, abismo que me lembra uma linha, quinem no antigo comercial da Faber Castell, sobre a qual alguém se equilibra, ebriamente...
e eu não sei desenhar, não sei passear através das linhas tortas que o lápis produz ao dançar sobre o papel... e me expresso através de tantas reticências com a esperança, talves, de que após alguma delas surja uma imagem que me deixe mudo.
sábado, 11 de agosto de 2007
olhos de ressaca
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Brave new world
Bom, ainda acredito que pode ser tudo isso, mas há um novo fator que me tem chamado a atenção. Nessas eras de internet, aonde o mundo vem em anexo, o "Favoritos" surge como uma representação online de vários desses fatores que nos fazem acreditar que conhecemos alguém. No favoritos temos uma idéia do que o sujeito (completamente cartesiano) gosta de ler, se é que gosta, temos uma representação completamente freudiana de como ele ou ela lida com a sexualidade, através da quantidade de sites pornôs que lá se encontram, ou da ausência dos mesmos, o que também é denunciador. Através do favoritos conhecemos os hobbies e fetiches, as neuras e angústias, o humor e o mau-humor da "vítima". É claro que isso não é via de regra, mas caso o internauta faça uso de seu favoritos e seja sincero para com os sites que visita, a tendência é a de que o favoritos seja bastante representativo quanto a personalidade desse internauta, e já seja um atalho para se "conhecer" uma pessoa. O método tradicional ainda funciona, mas "trocar favoritos" com alguém já pode significar muita intimidade, afinal você está mostrando sua alma em dados. rs Enfim, mostra-me teu favoritos e eu te direi quem és, ou não, já que no fim das contas pode não passar de besteira.
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
segunda-feira, 30 de julho de 2007
acho que o bom de essas linhas estarem soltas é que podem ser sempre as últimas
sábado, 21 de julho de 2007
terça-feira, 10 de julho de 2007
domingo, 1 de julho de 2007
quarta-feira, 13 de junho de 2007
garotinha ruiva
segunda-feira, 7 de maio de 2007
eu morri?
Depois de algum tempo, consegui findar um livro, finalmente... sou fã do realismo mágico de Garcia Marquez, mas mesmo em meio a essa mágica, pude perceber a ação do tempo sobre esse colombiano que consegue mostrar uma América um tanto diferente da que conheço. "Memórias de minhas putas tristes" me caiu da janela dessa forma, como uma constatação da ação indelevel do relógio. Egocentrismo meu, é claro, que alimento uma certa paranóia quanto ao soar soturno das badaladas... Eita, tudo isso pra dizer que gostei do livro. As palavras não perdem sua mania boba de escapar da alçada do meu teclado, das calçadas de minha rua, mas deixa pra lá
terça-feira, 13 de março de 2007
domingo, 11 de março de 2007
truco...
sexta-feira, 9 de março de 2007
os filmes da madruga
Frase bacana do filme que está passando agora (lendas da vida):
O audaz mocinho diz à loirissima mocinha "Mas foi há tanto tempo"
Ao que hollywoodiana donzela responde "Foi há um instante"
E o vento passa e traz consigo a inutilidade das palavras.
bom, mas aí vem o intervalo comercial e corta o tesão da coisa. Vida de pobre é phoda, com tv aberta... e agora minha Globo fica preto e branca sempre que entro na net, tudo bem que dá um certo clima de filme noir, mas tem hora que enche.
quinta-feira, 8 de março de 2007
site engraçado
http://www.naosaiacomele.com/Presentation/Home.aspx
Mas tem que haver uma contrapartida masculina.
quarta-feira, 7 de março de 2007
uma sereia
Essa imagem me fez lembrar "Rule of Rose", um jogo com uma estória muito interessante e profundamente triste, que mostra o quão cruéis as crianças podem ser. Me lembrei por conta de uma lenda que se conta no jogo, sobre uma princesa sereia que se apaixonou por um humano, mas morreu abandonada e triste. Bom, pode não ter nada a ver com tudo isso e estar relacionado apenas com a hora da madrugada e meu sono, mas também me lembrei de algo que vez por outra me vem a cabeça, por que será que canções de ninar são sempre tristes ou assustadoras? Eu achava que era só no Brasil, com a cuca que vai pegar o desvalido bebe que não dormir, mas descobri diversas canções como essa em um jogo chamado "Fatal Frame 3", que são provenientes do Japão, e tem também o ótimo filme "Os Suspeitos", onde se diz que em algum país do leste europeu se contam estórias sobre um assustador assassino para as crianças ficarem assustadas e irem para a cama.
Editando o post: ia me esquecendo, acho que é nisso que dá se apaixonar por humanos. rs
segunda-feira, 5 de março de 2007
reflexão das 3:30 da manhã
dúvida das 2:30 da manhã
Dostoievski escreveu um romance chamado “Recordações da casa dos mortos”, referente ao período em que ficou preso na Sibéria, o título desse livro me lembra a época em que vivemos, época dos mortos, onde se anuncia a morte da filosofia, a mote da arte, a morte do cinema, do futebol arte. O que nos restou? Nos tornamos espiritualistas invocando os mortos ou apreciadores de carniça?
domingo, 4 de março de 2007
when words are useless
And let me play among the stars.
Let me see what spring is like on Jupiter and Mars
In other words, hold my hand!
In other words, darling, kiss me!
Fill my heart with song,
And let me sing forever more.
You are all I long for, all I worship and adoro.
In other words, please be true!
In other words, I love you!
Fly me to the moon,
And let me play among the stars.
Let me see what spring is like on Jupiter and Mars.
In other words, hold my hand!
In other words, darling, kiss me!
Fill my heart with song,
And let me sing forever more.
You are all I long for, all I worship and adore.
In other words, please be true!
In other words, I love you!
Only you...
Only you!
Fill my heart with song,
And let me sing forever more.
You are all I long for, all I worship and adore.
In other words, please be true!
In other words, I love you!
In other words, I love you!
sábado, 3 de março de 2007
3, 2, 1... Let's Jam!
sexta-feira, 2 de março de 2007
just a pic
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
cinema
Bom, ia falar de Oldboy, um filme koreano sobre vingança que faz a vingança da noiva de Kill Bill parecer um passeio no parque, mas fica pra outro dia.
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
queda de Ícaro
Início
Adoro as possibilidades que a vida contemporânea nos proporciona, mesmo que essas mesmas possibilidades nos condenem. Estou condenado a ter uma infinidade de bons filmes, bons livros, bons jogos, boas músicas, etc etc etc, e sei que não darei conta de tudo o que quero até o fim de minha perene existência. Eis a crueldade de ter de escolher. Hoje escolhi fazer um blog, talvez com a vaga esperança de que o blog também me faça, me construa, mas acho que só quero uma desculpa pra despejar descompromissadamente (palavrão) minhas vogais e consoantes, dar vida a um monstro que não é o de Mary Shelley e me perguntar sobre criador e criatura.
Por que "ilha de Ícaro"? Sei lá... me passou pela cabeça a idéia de que o extasiado Ícaro pudesse achar uma Pasárgada, uma lanterna dos afogados, e de sua queda pudesse surgir algo. Lembrei também de Sancho e sua ilha cercada de terra por todos os lados, talvez Ícaro achasse de fazer seu pouso forçado por lá, talvez não...
No mais, já escrevi demais