quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
oração
e a cada hora eu rogava pela hora seguinte, ansioso de que o vento trouxesse, talvez, um tanto daquele seu cheiro, enquanto houvesse hora, enquanto houvesse hora, buscando no café preto o íntimo da noite, enquanto houvesse noite, quase tão palpável quanto um abraço, afoito, peregrino, quase tão inconsistetnte quanto estender a mão em direção a lua, enquanto houvesse lua, enquanto houvesse São Jorge, dialética que se arrastasse por séculos com dragões, quase tão sutil quanto um suspiro, enquanto houvesse porque suspirar, quase como se o suspiro fosse uma oração
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Quase
Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num grande mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo ... e tudo errou...
- Ai a dor de ser - quase, dor sem fim...
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se enlaçou mas não voou...
Momentos de alma que, desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Mário de Sá-Carneiro
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num grande mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo ... e tudo errou...
- Ai a dor de ser - quase, dor sem fim...
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se enlaçou mas não voou...
Momentos de alma que, desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Mário de Sá-Carneiro
domingo, 2 de outubro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
1+1=
se eu soubesse contar
te diria, talvez,
das inumeras noites insones
dos pensamentos pornográficos
ponto por ponto
mas quem está contando?
te diria, talvez,
das inumeras noites insones
dos pensamentos pornográficos
ponto por ponto
mas quem está contando?
domingo, 7 de agosto de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
An Atheist Meets God
Não importa se você é uma boa pessoa e só faz coisas boas toda sua vida... se você não crer, ele te jogará no inferno, torturará sua alma para sempre, te açoitará, e você passará a eternidade queimando no fogo e enxofre.... mas ele te ama!
George Carlin
quarta-feira, 15 de junho de 2011
L'étranger
- Qui aimes-tu, homme énigmatique, dis ? ton père, ta mère, ta soeur ou ton frère ?
- Je n'ai ni père, ni mère, ni frère, ni soeur.
- Tes amis ?
- Vous vous servez là d'une parole dont le sens m'est resté jusqu'à ce jour inconnu.
- Ta patrie ?
- J'ignore sous quelle latitue elle est située.
- La beauté ?
- Je l'aimerais volontiers, déesse et immortelle.
- L'or ?
- Je le hais autant vous haïssez Dieu.
- Eh ! qu'aimes-tu donc, extraordinaire étranger ?
- J'aime les nuages... les nuages qui passent... là bas... là bas.... les merveilleux nuages!
Baudelaire: L'étranger
segunda-feira, 9 de maio de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011
Sábado terá a ‘maior’ Lua dos últimos 18 anos
quarta-feira, 9 de março de 2011
domingo, 6 de março de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)