domingo, 31 de janeiro de 2021
sábado, 30 de janeiro de 2021
Se eu fosse eu
Se eu fosse eu, te escreveria um poema. Se eu fosse a Clarice Lispector, guardaria o poema em alguma gaveta e possivelmente esqueceria onde guardei. Se eu fosse Drummond, passearia de palavra em palavra, até encontrar a natureza das coisas. Tal como sou, escrevo um meta-poema e torço pra que teus olhos dobrem a esquina com cada uma de minhas palavras.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
doce de abóbora
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
terça-feira, 26 de janeiro de 2021
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
domingo, 24 de janeiro de 2021
chamego
escrevo chamego com ch, assim, pra chamar teu nome, me perguntado se era com x, de mapa do tesouro, de mapa da mina, se tu é a mina, afinal, a quem o chamego diga respeito
sábado, 23 de janeiro de 2021
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
quinta-feira, 21 de janeiro de 2021
vai que cabe
quem sabe cabe num abraço, a distância do mundo, meu abecedário de te-bem-querer (palavrona bonita), o tempo de um café, de uma água, toda a água na boca que uma boca há de por ventura imaginar ser possível nesse mundão
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
imponderável
pondero sobre o imponderável de Drummond, os pecados e as lembranças, a leveza e o peso de meus olhos, entre permanecerem abertos e agarrar a palavra fugidia pela cauda ou cerrar-se e abraçar a palavra transformada já em não-palavra, em inconsciente, passeio pelo quintal do imponderável, leveza que transborda o açude e derrama no jardim
domingo, 17 de janeiro de 2021
sábado, 16 de janeiro de 2021
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
sobre conceitos
examino, conceito atrás de conceito, academicamente, bibliograficamente, quando, porém, de mente fica é o que há de pensamento por trás de cada página, é a ideia que burla parágrafo por parágrafo e insiste em catar poesia na sopa de letrinhas com que Drummond brincava, só pra me inspirar um dia a encontrar teu nome em notas de rodapé... e rodar, pé e mão, até a eternidade que abnt me permitir, até a eternidade que as laudas disponibilizam, quando o pensamento extrapola a times new roman e meu coração dinamita qualquer conceito que não diga do teu nariz.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2021
sinestesia
mordo teu cheiro, como o pica-pau flutuando, eu tateio tua ausência, e a convido pra um chá, cheiro cada letra do teu sobrenome, e lambo o poema que escrevo pensando teu cotovelo
terça-feira, 12 de janeiro de 2021
spam
acaricio a tempestade, como quem espera por um email anseia pela notificação... só não pode spam.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
queixo caído
sábado, 9 de janeiro de 2021
Bukowski
that you can see it in the slow movement of
the hands of a clock."
sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
sobre giros e mundo e vestido
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
tem um trem
tem um trem na minha garganta
tem um verso entalado
tem teu nome em sussurro de sexta pra quase sábado
tem receita de chá de cidreira
pedacinho de música do cigarettes after sex
quarta-feira, 6 de janeiro de 2021
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
linha do Equador
Tropeço no ar, em um suspiro... brinco, então, de pular corda com uma linha feita de suspiros, linha do Equador, atravesso o planeta com um verso, verso da cor do teu joelho, verso de cor, pra descobrir que suspiro tem cor.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2021
domingo, 3 de janeiro de 2021
taco e tiquinho
tem taco de domingo, inda, taco de tempo pra tacar pensamento em tua cintura, a essa altura, do domingo, do pensamento, intento, e tento, um tanto, pensamentar a altura da tua cintura, sentir com o pensar, passear com a palavra, adiar a segunda, um tiquinho
sábado, 2 de janeiro de 2021
sexta-feira, 1 de janeiro de 2021
Drummond - PROCURO UMA ALEGRIA
na mala vazia
do final do ano
e eis que tenho na mão
- flor do cotidiano -
o vôo de um pássaro
e de uma canção
(CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - In: "Poesia Errante")