quarta-feira, 30 de junho de 2021
García Márquez - Ninguém escreve ao coronel
– Não se come, mas alimenta – replicou. – É algo assim milagroso como as pastilhas do meu compadre Sabas.
terça-feira, 29 de junho de 2021
segunda-feira, 28 de junho de 2021
domingo, 27 de junho de 2021
sábado, 26 de junho de 2021
sexta-feira, 25 de junho de 2021
quinta-feira, 24 de junho de 2021
Ricardo Reis - Tão cedo passa tudo quanto passa!
Tão cedo passa tudo quanto passa!
Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina. Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.
Odes de Ricardo Reis . Fernando Pessoa. (Notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (imp.1994). - 92.
quarta-feira, 23 de junho de 2021
terça-feira, 22 de junho de 2021
pensamento
paira no ar, meu pensamento pagão sobre as tuas coxas, digo, meu pensamento anti-hermético, sinestésico, diuturno, desejoso de ser telecinético
segunda-feira, 21 de junho de 2021
domingo, 20 de junho de 2021
sábado, 19 de junho de 2021
19 de junho
Quiçá dia de praça, do povo, de céu, do avião, do condor, quem sabe dia de desejar, um país, um taquinho do céu do avião a alguém, e, se a cidade também é um avião, desejar a alguém a cidade, e o voo, do avião, do condor, ou do tiquinho de centímetros que um poema possa suscitar, do tiquinho de centímetros que um beijo possa sugerir, quiçá dia de desejar um alguém, e beijo, e cidade, e céu, e voo, e tiquinho, e tantão, e reticências... quiçá dia de desejar as melhores reticências do mundo a alguém.
sexta-feira, 18 de junho de 2021
Trancos e barrancos
Aos trancos, eu salto o barranco, eu grito teu nome pra Lua, na rua, eu rasgo o verbo, costuro verbetes com teus predicados, predigo pecados, recados, beijos riscados, desenhados a lápis, só pra apagar e desenhar de novo, e de novo
quinta-feira, 17 de junho de 2021
quarta-feira, 16 de junho de 2021
terça-feira, 15 de junho de 2021
segunda-feira, 14 de junho de 2021
domingo, 13 de junho de 2021
sábado, 12 de junho de 2021
sexta-feira, 11 de junho de 2021
palavra-beijo
quinta-feira, 10 de junho de 2021
Guimarães Rosa
— João Guimarães Rosa. Rio de Janeiro, 27-10-45. In: SILVEIRA, Flávio Azeredo. 24 cartas de João Guimarães Rosa a Antonio Azeredo da Silveira. [S.l.]: Éditions FAdS, s/d.
quarta-feira, 9 de junho de 2021
terça-feira, 8 de junho de 2021
segunda-feira, 7 de junho de 2021
domingo, 6 de junho de 2021
tempo do verso
chego na frente do verso, apressado, é segunda, já, tu já leu, eu reli, vermelho, e bebi outro café, até para o verso descer, assim, na garganta, feito palavra-laranja, entalado, em seu tempo de verso, que é tempo outro, de calendário distinto, colorido quando quer...
sábado, 5 de junho de 2021
junho, já
junho, juro e julho, e ah, gosto do teu calcanhar, sete velas e lembro do teu mindinho, outono e eu ainda rubro, nove vezes fora dez e lembro do teu sorriso
sexta-feira, 4 de junho de 2021
Jorge de Sena
recurvamente, atentamente, e só com dedos brandos,
Olhando-a como passa e vendo onde passou.
Quero tanto saber o que tu pensas.
O que tu pensas, mas apenas como,
e quando e o porquê, e não
que estejas pensando ou não que a minha mão,
atenta e recurvada, passa brandamente.
Quero saber aquilo que nem sabes.
Aquilo que nem sabes- como saberias
o que o pensar é antes de pensar-se?
A mão que pousa e vai passar atenta.
O olhar que espera ver passar o gesto.
A tácita lembrança de volver os olhos.
A brisa que sabemos vai soprar tão mansa,
ainda antes, no fremir de pétalas ou folhas,
mas não na expectativa de arrepio prévio.
Por que esperaste, ciente, a pele da minha mão?
Jorge de Sena
(2 de novembro de 1919 — 4 de junho de 1978)
quinta-feira, 3 de junho de 2021
quarta-feira, 2 de junho de 2021
terça-feira, 1 de junho de 2021
resgate
d'onde planejo sequestrar tuas meias
planalto de minha central de ideias ruborizadas
resgate em estrofe
estrogonofe
plano de fundo
eu fundo um país
pro teu nariz