terça-feira, 31 de agosto de 2021
Guimarães Rosa
segunda-feira, 30 de agosto de 2021
domingo, 29 de agosto de 2021
ipê e nariz
de ipê em ipê, traço um poema, emendo com o céu, azuzin, azul assim, de me baixar o queixo, e, de poema em poema, vislumbro um nariz, e fico vermelho, de queixo caído.
sábado, 28 de agosto de 2021
sexta-feira, 27 de agosto de 2021
quinta-feira, 26 de agosto de 2021
quarta-feira, 25 de agosto de 2021
terça-feira, 24 de agosto de 2021
domingo, 22 de agosto de 2021
um dedinho ainda de domingo
domingo escorre pelos dedos
que se derramam no teclado
caidinhos por teus calcanhares
os dedos
protelam a segunda
projetam pensamentos
pensam tua orelha esquerda
sábado, 21 de agosto de 2021
sexta-feira, 20 de agosto de 2021
As Ancas - Maria Teresa Horta
se for ao andar mas não na cama
que aí as ancas ajudam e ajustam
Curvam e tomam das posições
a correcção exacta
para melhor prazer e maior chama
Medida certa e seca em cada corpo
as ancas lentas no ardor da carne
na ternura das pernas onde se ama
Pois a modulação das ancas
é a ondulação das ancas
é a ondulação do mar e do deleite
Da vertigem das ancas
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
be-a-bá
teceria sonhos, em renda e tinta guache, trinta e cinco sílabas e meu be-a-bá busca tuas consoantes, ou soa no condicional, sine qua non meu be-a-bá é buá, é sina de boteco, cine de filme triste... be my sunshine, pois
quarta-feira, 18 de agosto de 2021
terça-feira, 17 de agosto de 2021
segunda-feira, 16 de agosto de 2021
domingo, 15 de agosto de 2021
ANA CRISTINA CESAR – FLORES DO MAIS
uma primeira letra
escreva
nas imediações construídas
pelos furacões;
devagar meça
a primeira pássara
bisonha que
riscar
o pano de boca
aberto
sobre os vendavais;
devagar imponha
o pulso
que melhor
souber sangrar
sobre a faca
das marés;
devagar imprima
o primeiro olhar
sobre o galope molhado
dos animais; devagar
peça mais
e mais e
mais
Ana Cristina Cesar, Inéditos e dispersos
sábado, 14 de agosto de 2021
cadê e cadência
cadência da palavra é cadê teu tornozelo, em passo de sábado, torno a buscar, em versinho de Drummond, e na música que leva aos olhos cerrados, cadência de passo e tropeço, se peço, ao céu e ao santo, por um passo pertinho, e se peco, rezo um terço todinho, e ofereço ao santo pão de queijo e pseudo-todynho, e um verso, a São Drummond de Andrade
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
mês
Em um mês sou capaz de envelhecer 150 anos, e escrever sete linhas de verso, em sete cores de te bem querer, em um mês, ignoro as 200 páginas por ler, e leio outras 300, outras, não aquelas, que aquelas não vão bem com a trilha sonora, desse mês, dessa vez, a trilha que ilumina o caminho das palavras, que ruma o passo, e faz o tempo passar mais macio, nesse tempo de pedradas, e eu janela, eu já, esse mês que começou ontem, que finda amanhã, que embala a madrugada, que madruga, dorme tarde, tarde sonha, se assanha, veleja o ano, o vento, passeia o pensamento, de momento em momento, mês que vem, quem sabe, eu te escrevo oito linhas.
quinta-feira, 12 de agosto de 2021
quarta-feira, 11 de agosto de 2021
terça-feira, 10 de agosto de 2021
segunda-feira, 9 de agosto de 2021
domingo, 8 de agosto de 2021
a cauda da noite
eu quase que corro o risco de pegar a noite pela cauda, feito sereia de música do Gil, feito tua silhueta em sonho, eu quase que te sonho sereia, com cauda de se pegar, em noite de se arriscar, corrida atrás do verso, eu quase que pego a hora, e ponho pra te sonhar, que eu sonho em te pegar, pela cauda, na noite, no sonho, na sombra e no Sol, eu quase que risco um verso, quase que desenho uma noite, quase que arrisco um passo, e passo as horas com a tua cauda, eu quase que brinco de fazer reticências...
sábado, 7 de agosto de 2021
sexta-feira, 6 de agosto de 2021
quinta-feira, 5 de agosto de 2021
lego
faço um lego de palavras coloridas, só pra montar um poema em forma de coração que vai daqui a Teresina, só pra catar um pedaço do lego poema em forma de coração e brincar de fazer teu nariz