segunda-feira, 31 de janeiro de 2022
domingo, 30 de janeiro de 2022
dinâmica
de dinâmica, leitura dinâmica, altura de meio-fio, fio de Ariadne, labirinto e labuta... lá, a curva do vento canta umas vogais que dá vontade de abraçar... abraço, pois
sábado, 29 de janeiro de 2022
sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
nuvem
João-de-barro, Maria-fumaça, e eu quase que balbucio teu nome, na xícara de café, céu de janeiro e sequestro uma nuvem, refém de meu devaneio, forma de nariz, perdida naquele instante eterno do café, porque navegamos o infinito é de café em café...
domingo, 23 de janeiro de 2022
sábado, 22 de janeiro de 2022
sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
quarta-feira, 19 de janeiro de 2022
terça-feira, 18 de janeiro de 2022
PAPEL – CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
PAPEL
E tudo que pensei
E tudo que eu falei
E tudo que me contaram
Era papel.
E tudo que descobri
Amei
Detestei: papel.
Papel quanto havia em mim
E nos outros, papel!
De jornal, de embrulho.
Papel de papel, papelão!
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
domingo, 16 de janeiro de 2022
catar feijão
nunca aprendi a digitar, quer dizer, o dedo certo nas teclas certas, "cato feijão"... quanto do que escrevo se deve a esse processo de tato, acerto e erro? digito errado verdades tortas, digito certo desejos de tato, tento corrigir alguma vírgula, mas ela é quem me ajeita a postura, faz pausa pra respirar e reparar o mundo por outra janela que não a do computador
sábado, 15 de janeiro de 2022
Manuel António Pina
de tamanha altura em mim
antes de ter subido
às alturas do teu sorriso.
Regressava do teu sorriso
como de uma súbita ausência
ou como se tivesse lá ficado
e outro é que tivesse regressado.
Fora do teu sorriso
a minha vida parecia
a vida de outra pessoa
que fora de mim a vivia.
E a que eu regressava lentamente
como se antes do teu sorriso
alguém (eu provavelmente)
nunca tivesse existido.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2022
quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
domingo, 9 de janeiro de 2022
bonde
de domingo em domingo, faço um poema, café da tarde, alcanço o bonde, não há mais bonde, como Minas, mas há café, metade da política, e há política, incessante, de domingo a domingo, martelada em sentenças curtas... o poema por vezes é curto, ressabiado, um pé atrás, como quem espia da esquina, e às vezes espia mesmo, lentes de caleidoscópio, olhos de maracujá, sonhos de tangerina... tangencia, o poema, volteia a lagoa, pra dizer do joelho, pra dizer do universo, pra dizer do domingo...
sábado, 8 de janeiro de 2022
sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
quarta-feira, 5 de janeiro de 2022
terça-feira, 4 de janeiro de 2022
segunda-feira, 3 de janeiro de 2022
domingo, 2 de janeiro de 2022
tum-tum
disparo meu coração, à queima-roupa, não para mais, queima o domingo, incendeia o ano, que lateja, já, no nascedouro... paro o verso, no ar, como no filme matrix, e taco na tua direção, fora do pause, em fast-forward, festa junina, de fogueira, de quentão, meu coração, quente, assim, roupa queimada, e movimento, tum-tum, tum-tum, tum...