segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
sábado, 26 de fevereiro de 2022
café coado
Cheiro de café coado
feito a vida que passa ao fundo
carnaval, vírus e bomba
os cachorros de rua
as pessoas de rua
ruas sem nome
pessoas sem nome
só o café salva
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
quadrilátero
pairava, feito poema de Matilde Campilho, pinoteando o caos e somando fevereiros, dança de quem não sabe o rumo do quadril, dança de quem almeja um quadril, quadrilátero de aconchego, chego já, lá, pra dizer do chamego, do quadrado que é quadro, que é tela, que é ela, que é ela, quase um poema de Matilde Campilho
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
domingo, 20 de fevereiro de 2022
sábado, 19 de fevereiro de 2022
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022
terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
domingo, 13 de fevereiro de 2022
sábado, 12 de fevereiro de 2022
instante
guardo pra mim um instante, a eternidade vertida em um nó, na garganta, vertente, assim, agrado pras noites mais longas, vestidas de espaço de sonho, eu guardo um pedaço, um taco, um tico que seja, de tempo, de volta, ponteiro que pausa pro café, eu guardo o suspiro do café, coado, o instante, me faz companhia
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022
Bertold Brecht
se va agrietando
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022
bula
e se por meu sonho passeiam nádegas, narizes e valsas na rua sem nome que atravessa o tempo de verdades em verso? verdes, uvas que trafegam por bocas e bocas que traficam palavras e saliva e sonho e palavras e som e soluço e tudo aquilo que não cabe na bula
Hilda Hilst
“O que será de nós todos logo mais, se não dilatarmos nossos corações ao infinito?”
Hilda Hilst - Cascos e Carícias: Crônicas Reuinidas (1992/1995)