sexta-feira, 29 de abril de 2022
quinta-feira, 28 de abril de 2022
Borges
quarta-feira, 27 de abril de 2022
terça-feira, 26 de abril de 2022
Desmembramento de um semicírculo - Matilde Campilho
Certo que nos dedicamos
a místicas peregrinações.
Exercitamos a respiração,
lutamos brigas orientais,
praticamos uma e sete vezes
a tradução do poema chileno.
Mas no fundo sabemos
que o que importa mesmo
é roçar a superfície negra
da pele do peito do anjo
que está vivo
que não dorme.
segunda-feira, 25 de abril de 2022
e tal
já fui pro céu, salto de dois centímetros, boca da noite, da mata, morrer assim, em braços, barquinhos de papel-poema, pena que vez em quando a gente acorda, dá corda pra realidade, idade bate, e bate, segunda-feira útil, boleto e tal, talvez uma palavre salve, Ctrl + S, atalho pro sonho, e tal, de teto azul, Ás de ouro, Dama de Copas
domingo, 24 de abril de 2022
sábado, 23 de abril de 2022
sexta-feira, 22 de abril de 2022
quinta-feira, 21 de abril de 2022
canto do mundo
descubro um canto, que não tem quina, ou quina tem, mas não tem esquina, um trem, que tem céu, tem Sol e tem Lua, tem rua sem nome, tem língua do ipê, tem seca, tem chuva, e rua alagada, tem lago, tem letra de música que canta as belezas desse canto do mundo
quarta-feira, 20 de abril de 2022
terça-feira, 19 de abril de 2022
segunda-feira, 18 de abril de 2022
domingo, 17 de abril de 2022
imaginação
eu gosto desse poema, se me arranca um sorriso, se me passa um sorriso pela cabeça imaginando teu sorriso lendo o poema, e imaginar é fazer imagem, e se o poema concretiza o sorriso em minha cabeça ele é, pois, imaginação
tantan
da bagunça de domingo
dedo mindinho
da bagaça que acena do meu caos
caso a cena pareça um sonho
só para terminar a noite
ter e ninar um tu
um tantinho
tantan
domingo é foda
sábado, 16 de abril de 2022
sexta-feira, 15 de abril de 2022
quinta-feira, 14 de abril de 2022
segunda-feira, 11 de abril de 2022
domingo, 10 de abril de 2022
CARTA DE AMOR DE FERNANDO PESSOA A OFÉLIA
virar a noite²
viro a noite, como um café preto na padaria, como um menino descobrindo uma garrafa de coca-cola aos sete anos de idade, como um sonho fundo, que revira os traumas e sacode lembranças, de joelho a nariz, de tempo a espaço, de passo a dança
sábado, 9 de abril de 2022
sexta-feira, 8 de abril de 2022
quinta-feira, 7 de abril de 2022
quarta-feira, 6 de abril de 2022
terça-feira, 5 de abril de 2022
segunda-feira, 4 de abril de 2022
aparar pela rabiola
eu, qualquer dia, importuno o papel com meu rabisco sobre tardes de domingo e a linha mestra que organiza todas as palavras daqui até Calcutá, dia qualquer, eu, um eu qualquer, quiçá eu de domingo à tarde, traçando linhas como quem desenha no espaço com o dedo, tateando sombras, tateando o domingo, já na segunda, tentando aparar uma alma pela rabiola, organizar o catálogo de "até logo", dar "Control F" no logos pré-pendant-pós-epidêmico-apocalíptico, logo eu, membro da seita do meteoro do sétimo dia, dia sim e dia também cultuando joelhos como quem dobra esquinas, dobrando a aposta de que a segunda é um sonho distante, dito por um sonâmbulo que dança inda no pingo do Sol de meio-dia, meio-doido, meio são, que é a parte doida, são pedaços de quebra-cabeças disfarçados de palavras, pedidos quebrados de palavras-cabeça, domingo qualquer, qual quê, de fazer fila indiana, filar o pôr-do-Sol dançando Cazuza, cruzar o mar de pensamentos fluídos que conduz à terra firme(?) dos sonhos com o par de alpargatas desejado