Se adonai de mim e do meu peito lacerado
Ó senhora dos remédios
Ó doce dona
Ó camomila
Ó belladonna
Ó pharmakon
Respingai grossas gotas de vossos venenos
Ó doce dona
Ó camomila
Ó bellanonna
Serenai minhas irremediáveis pupilas dilatadas
Ó senhora dos sem remédios
Domai as minhas brutas ânsias acrobáticas
Que suspensas piruetam pânicas nas janelas do caos
Se desprendem dos trapézios e tontas
Buscam o abraço fraterno e solidário dos espaços vácuos
Ó garrafada das ervas maceradas do breu das brenhas
Adonai-vos do peito lacerado e do lenho oco que ocupo
Wally Salomão
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