Perco a hora.
Perco a hora.
A hora, no entanto, me acha.
E é tempo de fazer verso.
Tempo de Júpiter e Saturno no céu.
Janela astral pra espiar tua silhueta.
Desenhar uma cantada às tuas sobrancelhas.
Aproveitar, pois, que a hora me achou.
E pedir, assim, dois minutinhos com tua orelha esquerda.
Só pra construir constelações.
Só pra reinventar o tempo.
Em big-bangs que hão de ganhar tradução.
Em traduções que hão de querer dizer dos teus lábios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário