meu telefone sem fio era propagar, por toda a via láctea e adjacências, pensamentos de cobertor sobre tuas meias, e ver esses pensamentos cruzarem o tempo-espaço (escalando um tantinho), feito grito que ecoa, feito gota que provoca ondas, até que o supremo ser, que por ventura vestisse o nome de acaso, pusesse em jogo a grande sinuca cósmica que rege e regula a dinâmica que te faz perder o bus assim que chega na parada, com o intuito, quiçá, de emprestar ao relógio uns minutos a mais, para que se pudesse, em hipótese venturosa, tecer mentalmente, sob risco de ignorar o letreiro da próxima condução, um ou dois versos que mirassem tuas coxas
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