"Leio-te
estas palavras
que não são minhas
nem tuas
mas desde agora
nossas;
leio-te
para alargar o deserto
do que somos
do que temos
a perder;
leio-te para te impedir
de escrever
para não estarmos
enfim
sós;
leio-te
nomes
soltos
para outros
mas desde já
para nós."
[Para alguém - Ana Martins Marques, em A vida submarina]
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