domingo, 31 de dezembro de 2017

Desejos

Dos desejos, e são tantos, que rondam essa seara de dias que se sucedem, desejo (para além de desejar intensamente a tua nuca) um teu sorriso que atravesse todos os motivos para não sorrir e dê de cara com cada pequeno detalhe desses que fazem o dia valer a pena. A parte boa de mim chega a implorar ao mundo pra que seja gentil para contigo.

sábado, 30 de dezembro de 2017

Das tuas ausências

Um dia, mais um dia, se esvai e a voz no rádio a cantar tuas ausências... todas as vozes no rádio cantam tuas ausências, até campainhas tocam tuas ausências, as flores dos canteiros da cidade exalam tuas ausências, o céu indeciso de dezembro respira tuas ausências, a sombra dos viadutos resguarda do Sol e da chuva e faz perceber as pichações que falam das tuas ausências, rabiscos semi-apagados nos asfaltos da quadra ao lado são trechos de poemas que tratam de tuas ausências e o poema, como se sabe, são tuas ausências talhadas em verso, é a linguagem buscando refúgio em teu colo, é o fim do dia buscando um rumo, é o sonho do sono que se estendeu um minuto a mais, é o cheiro de café que faz valer a jornada...

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

último dia útil

Acaba que me deparo com o último dia útil de um ano que passou ao largo dos teus quadris, ao menos para mim... um ano que rendeu um punhado de palavras trôpegas e a esperança de que te encontrem ainda que seja em sonho, nessas dinâmicas de além-olho que tanto me são desconhecidas. E os dias sugeridos inúteis ainda me encantam mais, pois há mais tempo pra desenhar teu sorriso em nuvem e sorrir eu próprio ao pensar em alguma palavra que por ventura alcance teu céu.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

domingo, 24 de dezembro de 2017

Augúrio!

Do teu augúrio, moça, teus pensamentos de fim de noite, letras em banho-maria, teu sentido pras coisas, olhos que tanto dizem, palavras que sugerem oceanos... do teu augúrio, guria, os dias em que o Sol reflete no vidro do carro em direção a sorrisos compartilhados

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

All the world is a painted wall of romance


Sobre acasos, verões e deleites

E se nossos acasos se esbarram num desses verões que arrancam suspiros? E se a trilha ajuda e as horas passeiam distraídas só pra dar tempo de os meus olhos ganharem teu rumo, perderem a vergonha de sorrir descaradamente?

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

No descomeço



E que delire o verbo!

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

mil e uma, já, e só essa semana

mil vezes chamo teu nome, e tento um verso, no escuro, na sola do meu sapato, eu tento um sapo, que coaxe em vogais mudas, mude de mala e cuia tuas madeixas pra essas bandas... por um punhado de vezes proseio a Lua, pergunto por teus anseios e se tens jantado direito

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Mais muros e mais amores


Horas de além-ponto

Valso com o bule, burlo o horário comercial pra sonhar tua cintura em horas de além-ponto, pronto pro fim de tarde de céu laranja, pra tarde da noite flertar com o verso que flerte com tuas maçãs

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

sobre narrativas e o mundo onírico

Martelo a narrativa que margeia teu sono, e sonho invadir teu inconsciente e brincar de pique-esconde... esconder minha timidez e te dizer em letras garrafais de como adormeço pensando teu nariz. Partir pro pique-pega e pegar no teu pé, até literalmente, ao pé da letra, ao pé do ouvido, centopeia de desejos que amanhecem com o Sol.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Tanto

Que tanto de tanto de tempo é esse que esconde teu tanto de tanto de linda de todo e qualquer taco de toco de mim?

domingo, 10 de dezembro de 2017

Sobre metáforas e a boca

Escrevo tuas ausências em obsessões diárias, e minha poesia é a metáfora do dia que carrego a suspiros... e o desejo de que minha metáfora faça par com a tua, e devore tua boca, só pra construir outra, que em seguida será devorada e substituída pela minha, já no teu calcanhar, é também o desejo de que as saudades doam menos em ti que em mim...

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

borra do café

depois de avistar teu semblante na borra do café e perguntar de futuros e xícaras xamânicas, toda a sorte de augúrios parece tímida tentativa de brincar de formar constelação que desenhe as letras do teu nome, até mesmo em noites de chuva... e chuva também é convite para visitas fortuitas a cafés e cafofos que componham a trilha da sorte que se escreve em cada poema

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

E em um poema cabe o mundo!


Buquê

Do buquê de poemas que te preparo, reparo num que busca tuas rimas, noutro que reza pro teu dia ser bom, e quase perco de vista um mais atrevido que busca é teu ouvido pra te falar bem baixinho das horas e horas em que és refém da minha imaginação

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

por si só

Passeio os olhos por teus contornos, ou contorno o mundão só pra passear nas tuas coxas, e o só é tão fora de lugar, sempre fora de lugar, ante o fato de ser tanto e tanto o passeio, e de que o só, por si só, já é um clamor por tua companhia por algum café a ser descoberto 

Quando foi?


A gente se acostuma...