quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Pra descontrair

Deus perguntou aos Gregos:

- Vocês querem um mandamento?

- Qual seria o mandamento, Senhor?

- Não matarás!

- Não obrigado. Isso interromperia as nossas conquistas.

Então, Deus perguntou aos Egípcios:- Vocês querem um mandamento?

- Qual seria o mandamento, Senhor?

- Não cometerás adultério!

- Não obrigado. Isso arruinaria os nossos fins-de-semana.

Chateado, mas não derrotado, Deus perguntou aos Assírios:

- Vocês querem um mandamento ?

- Qual seria o mandamento, Senhor?

- Não roubarás! - Não obrigado. Isso arruinaria a nossa economia.

Deus, enfim , perguntou aos Judeus:

- Vocês querem um mandamento?

- Quanto custa?

- É de graça.

- Então manda DEZ!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

desenho


Sabe que eu tenho uma puta inveja de quem sabe desenhar... as vezes quero me desprender da tirania da caneta e dizer o que minha boca não consegue gritar nas clássicas manhâs cinzas que se seguem de Drummond, mas tudo o que consigo desenhar é uma casinha, que por sinal é bem charmosa, mas poxa... de vez em quando tenho a impressão de que entendo um pouco o que Heidegger sentia ao flertar com o abismo que separa a metafísica da linguagem, abismo que me lembra uma linha, quinem no antigo comercial da Faber Castell, sobre a qual alguém se equilibra, ebriamente...
e eu não sei desenhar, não sei passear através das linhas tortas que o lápis produz ao dançar sobre o papel... e me expresso através de tantas reticências com a esperança, talves, de que após alguma delas surja uma imagem que me deixe mudo.

sábado, 11 de agosto de 2007

olhos de ressaca

Sempre gostei da expressão que Bentinho criou para designar a Capitu, "olhos de ressaca", ficava imaginando que olhos seriam esses, que imagem traziam refletida, que sentimentos deveriam despertar tais olhos, mas confesso que prefiro que a expressão continue nublada, que ainda guarde toda uma infinidade de possibilidades. Da Vinci, há muito tempo atrás, já proclamava que os olhos são as janelas da alma, e não posso deixar de pensar que "olhos de ressaca" também signifiquem uma "alma de ressaca".

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Brave new world

Frequentemente somos lembrados, por algum fiel que bate à porta (sempre nas horas mais incovenientes), de que estamos à beira do apocalipse, de que os sinais são claros, os selos foram quebrados, as trombetas anunciadas, etc e tal... Esse papo é velho, mas que mundo é esse? Vez por outra me faço essa pergunta e me fascino com o modo como o homo sapiens se coloca perante as transformações que ele próprio provoca. Como se conhece uma pessoa nos dias de hoje? Digo conhecer no sentido de saber quem é, não no de encontrar alguém, que é outra coisa problemática... Enfim, como proceder? São os livros que a tal pessoa lê? Os filmes que o fulano ou fulana cultiva? As piadas que esse dasein escolhe contar, apropriadamente ou não?
Bom, ainda acredito que pode ser tudo isso, mas há um novo fator que me tem chamado a atenção. Nessas eras de internet, aonde o mundo vem em anexo, o "Favoritos" surge como uma representação online de vários desses fatores que nos fazem acreditar que conhecemos alguém. No favoritos temos uma idéia do que o sujeito (completamente cartesiano) gosta de ler, se é que gosta, temos uma representação completamente freudiana de como ele ou ela lida com a sexualidade, através da quantidade de sites pornôs que lá se encontram, ou da ausência dos mesmos, o que também é denunciador. Através do favoritos conhecemos os hobbies e fetiches, as neuras e angústias, o humor e o mau-humor da "vítima". É claro que isso não é via de regra, mas caso o internauta faça uso de seu favoritos e seja sincero para com os sites que visita, a tendência é a de que o favoritos seja bastante representativo quanto a personalidade desse internauta, e já seja um atalho para se "conhecer" uma pessoa. O método tradicional ainda funciona, mas "trocar favoritos" com alguém já pode significar muita intimidade, afinal você está mostrando sua alma em dados. rs Enfim, mostra-me teu favoritos e eu te direi quem és, ou não, já que no fim das contas pode não passar de besteira.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007