quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

cinema

Vez por outra tento um mergulho no mundo dos filmes pra ver se esqueço a realidade que me cerca. Schopenhauer e Nietzsche já falavam de como a arte serve pra fazer com que suportemos a realidade. Tenho um certo apreço por filmes de terras distantes, como Japão e Coréia do Sul... não que eu não goste dos filmes hollyodianos, pelo contrário, gosto de muitos. Recentemente vi um que me surpreendeu positivaente, "Alfie o sedutor", com o Jude Law no papel de um cara que só quer aproveitar o que de melhor as mulheres tem a lhe oferecer, e isso é a vida pra ele. O filme figura como uma comédia, mas eu discordo cabalmente. É um drama, e tem uma bela fotografia, por sinal. O modo como Alfie vai descobrindo as consequências de seu modo de encarar a vida está longe de ser cômico.
Bom, ia falar de Oldboy, um filme koreano sobre vingança que faz a vingança da noiva de Kill Bill parecer um passeio no parque, mas fica pra outro dia.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

queda de Ícaro

Uma imagem que vem a calhar, "A queda de Ícaro" de Pieter Brueghel, reparem que Ícaro está se debatendo na água enquanto ninguém dá a mínima.

Início

Estive pensando sobre a possibilidade de dar vida a um blog, se seria mais ou menos como plantar uma árvore, escrever um livro, ter um filho, sei lá, esses tantos projetos que parecem nos perseguir, quando na verdade nós é que os criamos. O velho Sartre costumava dizer que não se pode fugir as escolhas, e isso é liberdade. ai ai...
Adoro as possibilidades que a vida contemporânea nos proporciona, mesmo que essas mesmas possibilidades nos condenem. Estou condenado a ter uma infinidade de bons filmes, bons livros, bons jogos, boas músicas, etc etc etc, e sei que não darei conta de tudo o que quero até o fim de minha perene existência. Eis a crueldade de ter de escolher. Hoje escolhi fazer um blog, talvez com a vaga esperança de que o blog também me faça, me construa, mas acho que só quero uma desculpa pra despejar descompromissadamente (palavrão) minhas vogais e consoantes, dar vida a um monstro que não é o de Mary Shelley e me perguntar sobre criador e criatura.
Por que "ilha de Ícaro"? Sei lá... me passou pela cabeça a idéia de que o extasiado Ícaro pudesse achar uma Pasárgada, uma lanterna dos afogados, e de sua queda pudesse surgir algo. Lembrei também de Sancho e sua ilha cercada de terra por todos os lados, talvez Ícaro achasse de fazer seu pouso forçado por lá, talvez não...
No mais, já escrevi demais