segunda-feira, 31 de dezembro de 2007


juro que danço sozinho, protegido pelas luzes apagadas e pelo barulho lá fora, o mundo é surdo
e eu sou cego, dois dedos de álcool e o tal mundo se rende, e atiro pela janela toda certeza analítica que faça casa em meu covil de arbítrios, sejam livres ou maquiavelicamente entorpecidos, só há espaço para um passo e depois o outro, nas vagas horas que se juntam a meus pés, aspirantes de ares mais altos, mais nobres que meus desejos sujos que poluem todo o ambiente, daqui até a lua há uma ponte construída unicamente da vontade absurda de fazer daqueles lábios a verdade do mundo, única e absoluta, fonte húmida de toda a sede que deserto algum já viu...

I just wish to fly with you

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

adorei essa imagem

meus transtornos relativos à construção visual de determinados personagens por conta da propagação de imagens televisivas de personagens literários

Recentemente estive conversando com um amigo sobre os sérios problemas que enfrentei lendo alguns livros como Dom Quixote ou Otelo. Vivi e aproveitei plenamente minha infância (acho que ainda o faço, mas isso é outra estória), e assisti a quase tudo que é programa infantil, como Jaspion, Chaves e por aí vai. Pois é, o ponto é que tive a fantástica experiência de assistir à interpretação de vários clássicos literários como Dom Quixote, Romeu e Julieta e Fausto no programa do Chapolin, e a imagem de alguns personagens dessas interpretações ficou na minha cabeça, como por exemplo o eterno Seu Madruga como Dom Quixote (eu sei que o nome do ator é Ramon Valdez, mas pra mim sempre será o Seu Madruga). Isso me causou vários transtornos enquanto lia a magistral obra de Cervantes, porque só conseguia vislumbrar em minha mente Dom Quixote como o Seu Madruga, assim como Sancho Pança como Seu Barriga e a inesquecível Dulcinéia del Toboso como a Dona Florinda. Foi um caso sério, me revirava, faltava ficar doido, mas não consegui tirar da cabeça essas construções de personagens, aí tive de desistir e ler o livro assim mesmo, o que não foi de todo ruim, dado o caráter cômico do livro.
Mas quando fui ler Otelo o problema alcançou dimensões um pouco mais drásticas, já que Otelo é uma obra séria, que exige a adequada concentração. Pois bem, começo a ler o livro e eis que dou de cara com um personagem chamado Iago, que é um dos mais interessantes personagens do universo shakespereano em minha opinião, só que possui o mesmo bendito nome do papagaio vermelho do desenho do Aladim. Diabos, o quanto amaldiçoei essa coincidência, supondo que se trate mesmo de uma coincidência e que o personagem não seja alguma forma de homenagem ao personagem de Shakespeare. O fato é que sempre que o personagem Iago aparecia em cena no livro, não conseguia imaginar outra figura senão um cara com uma cabeça de papagaio, e ainda por cima vermelha... era realmente complicado levar a cena a sério com uma figura tão esdrúxula conspirando contra Otelo e Desdêmona. Eu pensava "Deus meu, como esse mouro pode levar a sério tal figura" e a obra de Shakespeare padecia reconstruída nos recantos obscuros de minha mente. Por alguns momentos consegui me livrar de tão fatídica imagem, mas a verdade é que tive de dar continuidade à leitura sob tais circunstâncias e isso provavelmente afetou minha visão da obra.
Por esses dias cogitava a leitura de Fausto e me perguntava se a imagem que faria do protagonista seria a do Chaves vestido a rigor, como na interpretação chapolineana (olha só que termo chique), assim como o Seu Madruga (novamente ele) como Mephistópheles, mas só o tempo dirá.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Espírito natalino?

5 centímetros por segundo


Acabo de assistir à mais recente animação de Makoto Shinkai, e me sinto bastante inábil com as palavras para descrever as sensações que tal obra me provocou. A animação recebe o título de "Byousoku 5 centimeter" ou "5 centímetros por segundo", que é a velocidade com que uma flor-de-cerejeira (sakura) cai da árvore. Há também um subtítulo "a chain of short stories about their distances" ou "uma corrente de estórias curtas sobre a distância que os separa", e é justamente a distância o ponto comum entre as três estórias curtas que compõe a obra, que têm como personagem principal Tohno Takaki, um garoto que se vê separado da garota que gosta por uma enorme distância.
Adoro o modo como Makoto Shinkai mostra o mundo em suas obras, o céu é sempre tão lindo e profundo que faz com que às vezes me perca apenas a contemplá-lo, esteja ele nublado, claro ou tomado pela neve que cai sem parar, é sempre um espetáculo. Os traços parecem fluir na tela, enquanto a vida passa ao fundo.
Especificamente nessa obra, o autor decidiu tratar de situações cotidianas, mas nem por isso menos problematicas, como, por exemplo, o modo como o tempo passa enquanto se espera uma pessoa querida, ou o modo como é enxergada a pessoa de quem se gosta (deus meu, por vezes a ampulheta me arece o pior instrumento de tortura). Seja através desses ou de outros exemplos, pude perceber um certo amadurecimento no autor, que consegue mostrar os angustiosos momentos que precedem uma declaração de modo primoroso, ou os caminhos alheios a nossa vontade que a vida por vezes parece seguir, dessa vez de modo doloroso.
E minhas palavras soam tão frias ao descreverem algo que me causou tanta comoção, que me parece pouco provável que eu consiga fazer uma justa descrição da obra. Me causa também um certo estremecimento pensar nas palavras de um certo professor meu, que me aconselhou a não recomendar as obras que são alvo de minha estima, já que isso só serve para causar desapontamento. rs E ainda assim, recomendo fortemente todos os trabalhos do senhor Makoto Shinkai, mas essa obra em particular. E quem não gostar que se exploda.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

A noite


Segundo a mitologia grega, a deusa da noite, Nix, é filha do caos e mãe do dia. Também mãe de Hypnos e Thanatos, ela percorre o céu com seu manto negro, e é origem simultanea de sonho e morte, representa a criação, o inimaginável e a perenidade, e, com suas horas que se arrastam, parece desdenhar do tempo. Drummond diz que "à noite nascem as revoluções" e talvez por isso seja ela temida e respeitada por todos os deuses, por ser o berço e o caixão do que é ou pode vir a ser.
Enciclopedismo à parte, a verdade é que a noite me parece verdadeiramente fabulosa, com sua imensa gama de possiblidades, ela traz junto a seu manto as tantas horas de solidão que são necessárias à confecção de qualquer ode que se julgue minimamente pretensa a chamar a atenção de Eros. Em caso de companhia, e talvez de Eros já ter sido acionado, a noite oferece seu manto aos que nela se aventuram, reservando apenas aos ouvidos queridos as palavras que, ao dia, padeceriam de acanhamento, ou simplesmente o silêncio necessário para que duas bocas se encontrem por um instante, ou uma eternidade, a ser decidido pela intransigência da ampulheta. E a iluminação? Simplesmente fantástica... a lua passeia através do manto da noite, com o intuito de prover as necessidades mínimas ou melancólicas daqueles que perambulam através dos domínios de Nix. Enlouqueci? Talves seja Morpheus a desempenhar seu incansável trabalho.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Ministro japonês expõe sua preocupação frente a uma possível invasão alien

Shigeru Ishiba reforçou o discurso temeroso de ameaças de outros mundos.
Ele lembrou que seu país já usou poder militar contra Godzilla, no cinema.


Pouco depois de o chefe de gabinete do primeiro-ministro japonês dizer publicamente que acredita em aliens, o ministro da Defesa reforçou o discurso temeroso de ameaças de outros mundos e declarou estar analisando uma forma de reagir militarmente a este tipo de ameaça.

Shigeru Ishiba, conhecido como “nerd da segurança” lembrou que o Japão já usou seu poderio militar contra o monstro Godzilla, no clássico do cinema.

“Não temos embasamento para negar que existam objetos voadores não-identificados e alguma forma que vida que os controle”, disse Ishiba, reforçando que era uma opinião pessoal, e não a do Ministério.

“Poucas discussões foram realizadas para se saber as bases legais para este tipo de reação”, disse Ishiba, arrancando gargalhadas dos repórteres. Ele disse estar analisando os diferentes cenários em que poderia haver uma invasão alienígena.

“Se eles chegarem dizendo: ‘Povo da Terra, vamos ficar amigos’, não seria considerado um ataque ao nosso país”, disse. “E tem também a questão de como devemos reagir se não conseguirmos entender os que eles dizem.”



'Eu acredito'



Nobutaka Machimura, chefe de gabinete do primeiro-ministro japonês, arrancou gargalhadas de jornalistas, na terça-feira (18), durante uma entrevista coletiva. Machimura afirmou que objetos voadores não identificados (OVNIs) existem.

A afirmação foi uma resposta ao parlamentar do Partido Democrático, o oposicionista Ryuji Yamane, que cobrou do governo uma declaração sobre a visita de extraterrestres já que considera que “este é um assunto que a nação está interessada em saber; um assunto de segurança nacional”. Segundo Yamane, o governo “nem tenta coletar informações necessárias para a confirmação”.

A declaração do chefe de gabinete aconteceu após o próprio gabinete ter liberado um comunicado que dizia que não poderia se posicionar sobre o assunto por não haver confirmação sobre a existência de OVNIs.

Já durante a entrevista coletiva, Machimura afirmou que o governo só poderia oferecer uma resposta estereotipada sobre o assunto, mas soltou em tom de ironia: “pessoalmente, eu definitivamente acredito que eles existem”.

Mais tarde, o chefe dele, o primeiro-ministro Yasuo Fukuda deu a palavra final do governo sobre a existência de OVNIs: "eu ainda tenho que confirmar”.

Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL235196-5602,00-PARA+MINISTRO+DA+DEFESA+JAPAO+ESTA+PRONTO+PARA+GOD ZILLA+NAO+PARA+ALIENS.html

O que posso dizer? The truth is out there...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007


Só pra lembrar do tempo em que as cartas de amor ainda eram ridículas, e de papel... rs
Qaul era o método? Se mandava pelo correio ou se atirava a carta por baixo da porta da fulana? E a expectativa? será que ela já leu? será que gostou? aquele meu verso pífio surtiu algum efeito? Ah como devia ser bom ser admirador secreto... se a resposta fosse positiva, você aparecia, em caso de negativa, era mais fácil se esquivar... rs
Aposto que em caso de se receber uma carta resposta, imediatamente se procurava o cheiro da remetente no envelope, e na carta... email não tem cheiro... que chato... e não se pode guaradar em caixa de sapatos, para a posteirdade... hoje os servidores do google é que são as caixas de sapato gigante, pro caso de alguém ainda ser ridículo... se essa porra pifa um dia, quantos suspiros terão sido deletados? as cartas de amor pairam no universo virtual, entregues ao destinatário, ou presas em caixas de rascunhos. Mas ainda é possivel ficar imaginando a cara da pessoa ao ler a dita cuja...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Eu by South Park


Seguindo a onda do Simpsonize Me, criaram um site onde você se transfigura num personagem de South Park, que é um dos cartoons mais nonsense que já vi na vida (e é bom pra caralho). Resolvi me inserir nesse universo de violência gratuita e em doses cavalares, e essa figura é o resultado. Será que se parece comigo? O cabelo despenteado e a mochila certamente trazem alguma lembrança... Enfim, pra quem quiser tentar a sorte, eis o site: http://www.sp-studio.de/

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007


Atravesso as ruas sem nome de minha pitoresca cidade, em busca de qualquer personagem rodriguiano que salte, apareça em alguma esquina, com todas as paixões e obsessões das quais apenas os personagens de Nelson parecem ser capazes. Não tiro da cabeça o quanto me parece anti-poético que uma rua não possua um nome, é como se o João Batista responsável por batizar toda e cada uma das ruas tivesse se esquecido desse pedaço de mundo. Me parece praticamente impossível que surja um Caetano a cantar tais ruas em sua característica voz: "alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João" e eu tento fazer o possível para que minhas lembranças não se percam entre os Conjuntos que localizam de forma tão certa os corações que dispõe de tão pouca certeza... "rua do beijo roubado", arbitrariamente batizo uma rua... e ela passa a fazer parte do mapa distorcido que habita minha bagunçada cabeça. "Rua da oração", e a tal rua parece ganhar vida, entre os conjuntos x e z, ela passa a existir e significar algo, ainda que apenas pra uma pessoa. Mas acho que isso faz parte do solipsismo cartesiano, que parece mais solipsista do que nunca as quatro da matina... e nomeando as ruas me dou conta de que os personagens rodriguianos estão todos lá, comprando pão ou se acabando em alguma paixão mau resolvida, talvez os dois...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

poema sobre a lua

Fiz uma promessa a alguém certa vez, em uma certa calçada, de que faria um poema sobre a lua... a tal promessa caiu no esquecimento, mas a verdade é que fiz o tal poema, ou pelo menos tentei fazê-lo na época, mas não o terminei... resolvi não mexer no "bichinho" e postá-lo da maneira como ficou, incompleto mesmo, ou talvez completo em sua incompletude... rs

Lua passa, trabalhadora insone, vaidosa que só ela, não pode ver um espelho que já vai se ver refletida. E gira ao redor da terra, só pra ser vista por todos, sem excessão ser cantada, por sua clara, leitosa figura, quinem seio de menina bonita, por sua forma circular, infinita, perfeita.
E Lua enfeita foto, se faz em cada cenário, dona da noite, dama da nata, uma nata poetisa, muda, dizendo todas as palavras, cantando todas as canções, todas as cantadas, é mais um dia de Lua, que conta seu próprio tempo, sem relógio.
Mas Lua tem várias faces, várias máscaras, uma mais bela que a outra

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

be happy

Por que esse tipo de mensagem otimista não me convence? Deus meu, que estive fazendo todo esse tempo com minha perna boa? Não dancei tango, não corri a São Silvestre e não chutei o balde...
E o meu braço? Não escrevi como Drummond, nunca ganhei um campeonato de quedas de braço e não o pousei sobre o ombro da garota mais linda que já vi na minha vida...
Herege, gritarão os deuses, és um afrontador da misericórdia divina, pois não aproveitaste o breve tufo de areia que Chronos tão gentilmente te concedeu... terás o braço cortado e, assim, como diz na música do Raimundos, terás de tocar bronha com a outra mão (Porra, será que a tonitroante voz faria referência a uma música do, deus os tenha, Raimundos?)
E a perna? Cairá, é claro, num ataque feroz e justiceiro de tétano (essa porra tinha que servir pra alguma coisa, instrumento da cólera divina), assim jamais dançarás samba, mas como consolo poderás espalhar que já não és doente da cabeça, apenas o pé é que é doente, enfim, jamais farás vinho através das prórpias micoses e nunca, ouves bem, nunca farás um gol de bicicleta aos quarenta e quatro minutos do segundo tempo em pleno Maracanã lotado...
porra, aí minha vida acaba...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Conhecendo o seu mundo

Conhecendo o seu mundo

Olha só que jogo interessante... você têm que localizar no mapa as cidades, monumentos ou batalhas históricas que aparecem na tela. No início é fácil, mas vai ficando muito apelão à medida em que se avança. Cheguei no level 8, mas ficou phoda... depois vou ver se passo de nível.

sábado, 1 de dezembro de 2007

dez anos depois

Hoje descobri um site muito bacana, o FutureMe, através do qual é possível mandar uma email pra si mesmo (ou pra qualquer outra pessoa) em qualquer data no futuro. Imediatamente me veio à cabeça o inesquecível "Hoshi no Koe", do talentosíssimo Makoto Shinkai, que é muito, muito, muito bom, onde a protagonista manda emails através de seu celular a seu "amado", que só encontrarão seu destino em dias cada vez mais longínquos... Mas "Hoshi no Koe" é um assunto à parte e merece mais atenção do que uma mera menção, por isso deixo pra outra ocasião (fico muito empolgado ao lebrar)...
O fato é que escrevi um email para o "eu" de daqui a dez anos (na verdade escrevi dois, mas só vou divulgar um rs). Eis o dito cujo:

Caro futuro eu, dez anos depois, me encontro preso ao passado, ainda? Que horizontes novos persegui, e quais, dentre esses, me são caros? Meus amigos têm uma paciência tão duradoura a ponto de ainda me aturarem? Quantas amizades novas cruzaram meu caminho? Quantos amores me bateram a aorta, como dizia o atemporal Drummond, e em quantas portas bati? Quantos corações parti e em quantos pedaços o meu se partiu? Por quantas calçadas cambaleei, ou dancei em noites ébrias? Acompanhado ou sozinho? Solitário ou risonho? Risível?
Por quantas vezes me despi de minha timidez e proferi verdades completamente tamporais?
E eu que não sei contar direito, terei feito de meu caso um conto? De meu acaso um caso? E de cada ocaso uma ocasião? Provavelmente não... rs
Deus meu, ainda serei ateu? Atoa? Terei dinheiro ou coroa (que me sustente)?
Rirei de mim hoje, ou de ti, caro eu-dez-anos-mais-velho? Provavelmente de ambos...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Wolf's Rain Ending

Interrompendo um pouco a série de cenas de filme que me marcaram, trago esse magnífico encerramento desse anime que começou de maneira fantástica e se perdeu ao longo do caminho (em minha opinião)... o nome da música é "gravity" e está na belíssima voz de Maaya Sakamoto.
Só pra constar... adoro o youtube, que me proporciona ver esse tipo de coisa sempre que quero...

o mundo virtual ou o virtual mundo que nos encerra

Hoje plantei minha árvore de número 167 através do site clickarvore... Supostamente essas árvores são plantadas no mundo real, patrocinadas pelo Bradesco e outras empresas, mas mesmo assim, não consigo deixar de repetir as palavras de Shakespeare, que chegaram até mim através de Jonh, o "selvagem" criado por Huxley em seu "Brave new world"... "Oh admirável mundo novo, que encerra criaturas tais". Planto árvores virtuais em um mundo real ou árvores reais em um mundo virtaul? Que era é essa, onde o politicamente-correto, seja lá o que isso signifique, se dá através de um jardim virtual, por exemplo? Porque as vezes me pergunto se clico todos os dias no site para incrementar o meu jardim virtual ou se de fato acredito que essas ávores ganham o mundo dito "real"... Comemoro essa marca de 167 árvores porque ela representa pouco mais de 1 km² de área verde, e assim me sinto um pouco menos culpado em relação ao que estamos fazendo a nosso "caro" planeta... Mas também porque imagino 1 Km² virtual verde e essa idéia me parece realmente admirável...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

As good as it gets (Melhor Impossível)

Umas das melhores declarações já feitas na história do cinema, em minha modesta opinião... Quando o personagem de Jack Nicholson se desdobra pra tentar fazer um elogio à personagem da Helen Hunt..."you make me wanna be a better man"...
"that's, maybe, the best compliment of my life" responde ela.
Do caralho...

sábado, 10 de novembro de 2007

Sonhos - Corvos

O que posso dizer sobre esse filme? É um sonho, um sonho embalado ao som de Chopin, um passeio pelos quadros de Van Gogh, uma viagem pelo gênio de Kurosawa... acho que era esse tipo de coisa que Nietzsche tinha em mente quando disse que é a arte que nos faz suportar a realidade.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

True Romance - Clarence Deals With Drexl

True Romance (traduzido porcamente por essas bandas como "Amor à queima-roupa")... só pra lembrar, o roteiro desse filme é do Tarantino e foi dirigido pelo Tony Scott.
bom... nessa cena o personagem do Christian Slater, Clarence, vai discutir com o cafetão (Gary Oldman) de sua namorada "ex-puta" Alabama (Patricia Arquette)uma indenização para que a fulana deixe a profissão... O diálogo que se segue é simplesmente fabuloso...

Unforgiven - A Greatest Fight Scene -

Cena phoda de um filme phodissimo... A parte em que William Munny (Eastwood) entra no boteco e pergunta quem é o dono da espelunca, pra em seguida atirar no pobre diabo é impagável... e as falas? magnificas... "já matei mulheres, já matei crianças... já atirei em quase tudo que anda ou rasteja, mas estou aqui pra matar vc, Little Bill"... é mais ou menos isso...

Eternal Sunshine of the Spotless Mind

"I could die right now, Clem. I'm just... happy. I've never felt that before. I'm just exactly where I want to be. "

ai ai... não consigo imaginar uma maneira de essa cena poder ser melhor... "I could die right now"...

Grandes Esperanças

"You know what this is?
It's my heart.
And its broken.

Can you feel it?"

Precisa dizer mais alguma coisa? Dá pra ver o coração do cara aos pedaços... "can you feel it?" Se fosse pra dar um outro título a esse filme, o chamaria de "Meu coração está partido"...

marasmo

Pra tirar essa bodega do marasmo, resolvi fazer um top com as cenas de cinema que me marcaram, fora de ordem mesmo, sem preferêcnia por ordem de aparição... só pra constar. Vou adicioná-las à medida em que me lembrar, e também de acordo com o trabalho que me der encontrar as ditas cujas...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Fico Assim Sem Você | Adriana Calcanhotto - [clipe]

muito bacana esse clipe caseiro feito pra música da Adriana Calcanhoto...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

terça-feira, 16 de outubro de 2007

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

cotidiano

Hoje chovia. Minha barba por fazer e minha camisa amarrotada mostravam meu descaso para com o mundo. Fiquei curioso... apesar da garoa, que dava um puta sensação de "slow down", ela usava aquele vestido vermelho que contrastava profundamente com meu desleixo. Era liso e vestia seu corpo de uma maneira que me causava injeva, como se ela tivesse sido criada para o vestido e não o contrário. Passei por ela com o coração apertado, como se fosse a primeira vez. Foram treze passos dessa vez, número meio que cabalístico. Hoje só estava nublado, mas São Pedro parecia rabugento como nunca. Quase não chego a tempo, tive que sair comendo um pão de queijo. Ela parecia apressada, como se o mundo não esperasse por ela, e o modo rápido como ajeitou seu cabelo que caia na frente dos olhos, e certamente devia provê-la de uma visão única do mundo que a cerca, me fez pensar se todas as coisas não poderiam ser ajeitadas daquela maneira. Hoje contei meros dez passos, o mundo diminuiu de tamanho. Hoje o céu estava azul e parecia zombar de mim. Calça jeans, camiseta branca e tênis. Por alguma razão adoro essa simplicidade. Ela sorria enquanto falava ao celular, por isso caminhava distraída e não percebeu o degrau. Tropeçou e riu de si mesma de maneira adorável. Lembrei da última vez em que eu tinha tropeçado naquele maldito degrau e gritado "porra"... Dezesseis passos hoje, e bem devagar. Hoje os olhos dela estavam vermelhos. Não prestei atenção ao clima e mal notei que ela estava com aquela saia que mostrava o pequeno sinal em seu joelho esquerdo que me fazia ficar horas a imaginá-lo. Hoje seus olhos estavam vermelhos e isso era tudo o que os meus olhos viam. Hoje seus olhos estavam vermelhos e todas as cores do mundo sumiram. Contei quatorze passos em preto e branco. Hoje ela não apareceu... Sábado Domingo Hoje ela não apareceu de novo. Hoje novamente. Hoje de novo. Hoje mais uma vez. Hoje, hoje, hoje... Sábado e mesmo assim eu apareci... mas ela não. Domingo. Hoje saí mais cedo e... nada. Hoje eu não apareci.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

domingo, 2 de setembro de 2007

la la la la la, la la la la

Cantarolo uma musicola que eu não sei o nome numa tarde semi-ensolarada de um domingo setembrino, e queria seguir o rítmo da melodia, que no fim-das-contas é melancólica como se estivesse chovendo, como se chovessem hífens que semi-separam, semi-unem o palavrório que é tão desnecessário frente à música, e a dança dos meus passos trôpegos, trolhos e neo-alguma-coisa que esqueci de nomear

sábado, 1 de setembro de 2007

on your mark

Quem já conhece alguma obra do Estúdio Ghibli já ouviu falar de Hayao Miyazaki. Esse é um pequeno music-video produzido por Miyazaki em 1995 quando do lançamento de "Whispers of the Heart" (que por sinal é muito bacana).

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Pra descontrair

Deus perguntou aos Gregos:

- Vocês querem um mandamento?

- Qual seria o mandamento, Senhor?

- Não matarás!

- Não obrigado. Isso interromperia as nossas conquistas.

Então, Deus perguntou aos Egípcios:- Vocês querem um mandamento?

- Qual seria o mandamento, Senhor?

- Não cometerás adultério!

- Não obrigado. Isso arruinaria os nossos fins-de-semana.

Chateado, mas não derrotado, Deus perguntou aos Assírios:

- Vocês querem um mandamento ?

- Qual seria o mandamento, Senhor?

- Não roubarás! - Não obrigado. Isso arruinaria a nossa economia.

Deus, enfim , perguntou aos Judeus:

- Vocês querem um mandamento?

- Quanto custa?

- É de graça.

- Então manda DEZ!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

desenho


Sabe que eu tenho uma puta inveja de quem sabe desenhar... as vezes quero me desprender da tirania da caneta e dizer o que minha boca não consegue gritar nas clássicas manhâs cinzas que se seguem de Drummond, mas tudo o que consigo desenhar é uma casinha, que por sinal é bem charmosa, mas poxa... de vez em quando tenho a impressão de que entendo um pouco o que Heidegger sentia ao flertar com o abismo que separa a metafísica da linguagem, abismo que me lembra uma linha, quinem no antigo comercial da Faber Castell, sobre a qual alguém se equilibra, ebriamente...
e eu não sei desenhar, não sei passear através das linhas tortas que o lápis produz ao dançar sobre o papel... e me expresso através de tantas reticências com a esperança, talves, de que após alguma delas surja uma imagem que me deixe mudo.

sábado, 11 de agosto de 2007

olhos de ressaca

Sempre gostei da expressão que Bentinho criou para designar a Capitu, "olhos de ressaca", ficava imaginando que olhos seriam esses, que imagem traziam refletida, que sentimentos deveriam despertar tais olhos, mas confesso que prefiro que a expressão continue nublada, que ainda guarde toda uma infinidade de possibilidades. Da Vinci, há muito tempo atrás, já proclamava que os olhos são as janelas da alma, e não posso deixar de pensar que "olhos de ressaca" também signifiquem uma "alma de ressaca".

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Brave new world

Frequentemente somos lembrados, por algum fiel que bate à porta (sempre nas horas mais incovenientes), de que estamos à beira do apocalipse, de que os sinais são claros, os selos foram quebrados, as trombetas anunciadas, etc e tal... Esse papo é velho, mas que mundo é esse? Vez por outra me faço essa pergunta e me fascino com o modo como o homo sapiens se coloca perante as transformações que ele próprio provoca. Como se conhece uma pessoa nos dias de hoje? Digo conhecer no sentido de saber quem é, não no de encontrar alguém, que é outra coisa problemática... Enfim, como proceder? São os livros que a tal pessoa lê? Os filmes que o fulano ou fulana cultiva? As piadas que esse dasein escolhe contar, apropriadamente ou não?
Bom, ainda acredito que pode ser tudo isso, mas há um novo fator que me tem chamado a atenção. Nessas eras de internet, aonde o mundo vem em anexo, o "Favoritos" surge como uma representação online de vários desses fatores que nos fazem acreditar que conhecemos alguém. No favoritos temos uma idéia do que o sujeito (completamente cartesiano) gosta de ler, se é que gosta, temos uma representação completamente freudiana de como ele ou ela lida com a sexualidade, através da quantidade de sites pornôs que lá se encontram, ou da ausência dos mesmos, o que também é denunciador. Através do favoritos conhecemos os hobbies e fetiches, as neuras e angústias, o humor e o mau-humor da "vítima". É claro que isso não é via de regra, mas caso o internauta faça uso de seu favoritos e seja sincero para com os sites que visita, a tendência é a de que o favoritos seja bastante representativo quanto a personalidade desse internauta, e já seja um atalho para se "conhecer" uma pessoa. O método tradicional ainda funciona, mas "trocar favoritos" com alguém já pode significar muita intimidade, afinal você está mostrando sua alma em dados. rs Enfim, mostra-me teu favoritos e eu te direi quem és, ou não, já que no fim das contas pode não passar de besteira.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

segunda-feira, 30 de julho de 2007

A web é uma coisa incrível, permite que eu derrame, despeje, vomite, ou sei lá o que, essas linhas ébrias que ninguém é obrigado a digerir, e a coisa fantástica está bem aí, apesar de essas palavras pairarem num espaço tão virtual quanto meus prórpios desvarios, ninguém é obrigado a por seus olhos nisso. So... what's the fucking point? i dunno, really... why should i write these boring lines? Pq escrevê-las em meu português errado e pq acentuá-las, se a vida não tem acentos, passa num trem de carga? Well, the whole fucking thing doesn't make any sense at all, dakara... watashi... eto, eto... whatashi no nihongo sucks pra caralho...
acho que o bom de essas linhas estarem soltas é que podem ser sempre as últimas

sábado, 21 de julho de 2007

Sempre achei que, parando pra ouvir direito, a vida deve ter uma trilha sonora. Tá eu sei que deve ser particular, mas não consigo pensar de outra maneira, tenho que embalar meus sonhos e desilusões ao som de algo. No fim acho que tenho medo do som dos meus próprios pensamentos, mas pata que o pariu, acho que vou me acabar de ouvir Cazuza despejando seus segredos de liquidificador madrugada a dentro ou noite afora, sei lá, acho que tô bêbado, mas como não bebi porra nenhuma o doce de banana que estou traçando deve estar noiado.

terça-feira, 10 de julho de 2007

silent


Há dias em que só quero passear através de imagens

domingo, 1 de julho de 2007

Essa noite sonhei que o vento era brisa e veio soprar segredos de primavera ao meu ouvido, mas era inverno e eu tinha os pés no chão agora, não brincava mais de amarelinha na calçada alheia e ainda por cima sofria de insônia, o que queria dizer que já não sonhava a noite, então era delírio noturno de uma mente insone. Vai ver que sonhei de dia que sonhava a noite... e Ana Karenina em sua atemporal estação de trem me veio a cabeça. Sempre a imaginarei na estação, uma vida congelada na estação, como se lá estivesse até hoje, presa num intante, na eternidade de um instante. E a imagino com uma sombrinha roxa, presa na história com uma sombrinha roxa, e cada um prende os pés aonde pode.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

garotinha ruiva

Em meio a essa baderna cotidiana de datas e mais datas, será que Minduim conseguiu burlar a Quadrilha drummondiana e receber um cartão de dia dos namorados de sua idealizada Garotinha Ruiva? Engraçado... sempre imaginei a famosa Beatriz de Dante como uma fulaninha ruiva, talvez até a mesma do meu amigo Charlie Brown, passeando pela história, alheia ao tempo, essa roleta de foices, que só atemoriza aos pobres mortais. Aliás, como nunca conheci o veradeiro nome da charmosa e misteriosa personagem do senhor Charles M. Schulz, talvez até se chamasse Beatriz, que seria um ótimo nome pra se dar a um sonho.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

eu morri?

Há tempos não visito essa casa de peixe e lágrimas... por que será? Poderia dar uma série de desculpas, mas acho que a velha "má fé" se sobrepõe a todas elas. Guardo também um certo ressentimento de minhas caras companheiras, as palavras, mas isso tudo é tão obscuro que talvez elas se recusem a expressar. Ou não, caetaneamente.
Depois de algum tempo, consegui findar um livro, finalmente... sou fã do realismo mágico de Garcia Marquez, mas mesmo em meio a essa mágica, pude perceber a ação do tempo sobre esse colombiano que consegue mostrar uma América um tanto diferente da que conheço. "Memórias de minhas putas tristes" me caiu da janela dessa forma, como uma constatação da ação indelevel do relógio. Egocentrismo meu, é claro, que alimento uma certa paranóia quanto ao soar soturno das badaladas... Eita, tudo isso pra dizer que gostei do livro. As palavras não perdem sua mania boba de escapar da alçada do meu teclado, das calçadas de minha rua, mas deixa pra lá

terça-feira, 13 de março de 2007

domingo, 11 de março de 2007

truco...

Folheio meu livro de Drummond a procura de uma palavra que cale a madrugada, pois as minhas estão todas gastas. É engraçado perceber que seu vocabulário não abarca o mundo, principalmente pra quem, algum dia, imaginou um mundo de linguagem, meio primeiro-wittgenstein, meio Drummond mesmo. Ah palavra mágica, que se esconde na manga, quinem carta (que nem é de amor, no máximo de copas). Rio sozinho de quando quis me sentir Pessoa ridícula e escrevi carta de amor (não sou Florentino Ariza), mas a tal palavra não veio e a carta se perdeu em seus tempos verbais.

sexta-feira, 9 de março de 2007

os filmes da madruga

Por que será que guardam os melhores filmes pras entranhas da madrugada?
Frase bacana do filme que está passando agora (lendas da vida):
O audaz mocinho diz à loirissima mocinha "Mas foi há tanto tempo"
Ao que hollywoodiana donzela responde "Foi há um instante"
E o vento passa e traz consigo a inutilidade das palavras.
bom, mas aí vem o intervalo comercial e corta o tesão da coisa. Vida de pobre é phoda, com tv aberta... e agora minha Globo fica preto e branca sempre que entro na net, tudo bem que dá um certo clima de filme noir, mas tem hora que enche.

quinta-feira, 8 de março de 2007

site engraçado

vejam só que site interessante
http://www.naosaiacomele.com/Presentation/Home.aspx

Mas tem que haver uma contrapartida masculina.

quarta-feira, 7 de março de 2007

uma sereia


Essa imagem me fez lembrar "Rule of Rose", um jogo com uma estória muito interessante e profundamente triste, que mostra o quão cruéis as crianças podem ser. Me lembrei por conta de uma lenda que se conta no jogo, sobre uma princesa sereia que se apaixonou por um humano, mas morreu abandonada e triste. Bom, pode não ter nada a ver com tudo isso e estar relacionado apenas com a hora da madrugada e meu sono, mas também me lembrei de algo que vez por outra me vem a cabeça, por que será que canções de ninar são sempre tristes ou assustadoras? Eu achava que era só no Brasil, com a cuca que vai pegar o desvalido bebe que não dormir, mas descobri diversas canções como essa em um jogo chamado "Fatal Frame 3", que são provenientes do Japão, e tem também o ótimo filme "Os Suspeitos", onde se diz que em algum país do leste europeu se contam estórias sobre um assustador assassino para as crianças ficarem assustadas e irem para a cama.
Editando o post: ia me esquecendo, acho que é nisso que dá se apaixonar por humanos. rs

segunda-feira, 5 de março de 2007

reflexão das 3:30 da manhã

Será que há algum efeito permanete por ouvir Aimee Mann por mais de 5 horas seguidas? Como vou estudar pelo menos até as 6 aí se vão mais 2:30, será que minha alma sai intacta?

dúvida das 2:30 da manhã

Dostoievski escreveu um romance chamado “Recordações da casa dos mortos”, referente ao período em que ficou preso na Sibéria, o título desse livro me lembra a época em que vivemos, época dos mortos, onde se anuncia a morte da filosofia, a mote da arte, a morte do cinema, do futebol arte. O que nos restou? Nos tornamos espiritualistas invocando os mortos ou apreciadores de carniça?

domingo, 4 de março de 2007

when words are useless


Fly me to the moon,
And let me play among the stars.
Let me see what spring is like on Jupiter and Mars
In other words, hold my hand!
In other words, darling, kiss me!

Fill my heart with song,
And let me sing forever more.
You are all I long for, all I worship and adoro.
In other words, please be true!
In other words, I love you!

Fly me to the moon,
And let me play among the stars.
Let me see what spring is like on Jupiter and Mars.
In other words, hold my hand!
In other words, darling, kiss me!

Fill my heart with song,
And let me sing forever more.
You are all I long for, all I worship and adore.
In other words, please be true!
In other words, I love you!

Only you...
Only you!

Fill my heart with song,
And let me sing forever more.
You are all I long for, all I worship and adore.
In other words, please be true!
In other words, I love you!

In other words, I love you!

sábado, 3 de março de 2007

3, 2, 1... Let's Jam!

Quando eu crescer quero ser quinem o Spike, personagem de Cowboy Bebop e da figura. Quem viu Cowboy Bebop? Será que alguém ficou completamente sem palavras (wordless) ao assistir ao último episódio, assim como eu?

See you space cowgirl, sometime, somewhere...

sexta-feira, 2 de março de 2007

just a pic

A imagem de um dos meus personagens prediletos, o grande Dom Quixote de La Mancha e seu fiel escudeiro Sancho. O curioso é que quando li o livro não consegui me livrar da imagem do Seu Madruga como Dom Quixote e do Seu Barriga como Sancho, por causa do episódio de Cahpolim em que Dom Quixote é encenado. Não li Fausto, mas acho que quando vier a fazê-lo sofrerei do mesmo mal.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

cinema

Vez por outra tento um mergulho no mundo dos filmes pra ver se esqueço a realidade que me cerca. Schopenhauer e Nietzsche já falavam de como a arte serve pra fazer com que suportemos a realidade. Tenho um certo apreço por filmes de terras distantes, como Japão e Coréia do Sul... não que eu não goste dos filmes hollyodianos, pelo contrário, gosto de muitos. Recentemente vi um que me surpreendeu positivaente, "Alfie o sedutor", com o Jude Law no papel de um cara que só quer aproveitar o que de melhor as mulheres tem a lhe oferecer, e isso é a vida pra ele. O filme figura como uma comédia, mas eu discordo cabalmente. É um drama, e tem uma bela fotografia, por sinal. O modo como Alfie vai descobrindo as consequências de seu modo de encarar a vida está longe de ser cômico.
Bom, ia falar de Oldboy, um filme koreano sobre vingança que faz a vingança da noiva de Kill Bill parecer um passeio no parque, mas fica pra outro dia.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

queda de Ícaro

Uma imagem que vem a calhar, "A queda de Ícaro" de Pieter Brueghel, reparem que Ícaro está se debatendo na água enquanto ninguém dá a mínima.

Início

Estive pensando sobre a possibilidade de dar vida a um blog, se seria mais ou menos como plantar uma árvore, escrever um livro, ter um filho, sei lá, esses tantos projetos que parecem nos perseguir, quando na verdade nós é que os criamos. O velho Sartre costumava dizer que não se pode fugir as escolhas, e isso é liberdade. ai ai...
Adoro as possibilidades que a vida contemporânea nos proporciona, mesmo que essas mesmas possibilidades nos condenem. Estou condenado a ter uma infinidade de bons filmes, bons livros, bons jogos, boas músicas, etc etc etc, e sei que não darei conta de tudo o que quero até o fim de minha perene existência. Eis a crueldade de ter de escolher. Hoje escolhi fazer um blog, talvez com a vaga esperança de que o blog também me faça, me construa, mas acho que só quero uma desculpa pra despejar descompromissadamente (palavrão) minhas vogais e consoantes, dar vida a um monstro que não é o de Mary Shelley e me perguntar sobre criador e criatura.
Por que "ilha de Ícaro"? Sei lá... me passou pela cabeça a idéia de que o extasiado Ícaro pudesse achar uma Pasárgada, uma lanterna dos afogados, e de sua queda pudesse surgir algo. Lembrei também de Sancho e sua ilha cercada de terra por todos os lados, talvez Ícaro achasse de fazer seu pouso forçado por lá, talvez não...
No mais, já escrevi demais