sábado, 31 de março de 2018

quinta-feira, 29 de março de 2018

Do cometa ou da quinta que figura como sexta

Pronde estendo os dedos, busco infinito teus porquês, poracasos, bocejos de uma hora que exagere no apreço à tua companhia (só pra me fazer inveja)... alcanço a cauda de um minuto da tal hora, qual rabo de cometa, e trafego tuas rotas imaginadas no meu peito...

domingo, 25 de março de 2018

Chá de Hortelã

E se ela sabe, assim, da lua de domingo, da sombra da segunda, espada de São Jorge, que me empresta o cavalo, pro salto das horas... e salto até vírgula, assalto a noite, furto uma flor pra ornar as madeixas dela, se ela sabe, assim, dos versos que vagam por ocasos de domingo, e esbarra, tropeça numa estrofe desgovernada que traz chá de hortelã

Borges - el libro

"De los diversos instrumentos del hombre, el más asombroso es, sin duda, el libro. Los demás son extensiones de su cuerpo. El microscopio, el telescopio, son extensiones de su vista; el teléfono es extensión de la voz; luego tenemos el arado y la espada, extensiones de su brazo. Pero el libro es otra cosa: el libro es una extensión de la memoria y de la imaginación." Borges

Sobre acasos


sexta-feira, 23 de março de 2018

quarta-feira, 21 de março de 2018

Dia Mundial da Poesia

E ela passa, faceira, pelos teus lençóis, poesia de quarta-feira, ela rima com teu nariz, diz-não-diz, esconde um verso, mostra um verbo, vira sina, sinaliza meu bem-querer, se ela quer, se apraz, pois. se não, faz é troça de mim pra ti...

terça-feira, 20 de março de 2018

Caqui

E hoje tem caqui, de caixa, e não vou comparar tuas bochechas a maçãs, hoje me lambuzo, e quase que fico rubro assim, quase que alcanço tua bochecha esquerda num desses caquis, e mordo sorrindo, ansiando pelo próximo, ansiando que fosse mordida, de leve, no vermelho do teu universo...

domingo, 18 de março de 2018

Do rumo do poema na noite de domingo

E se noite de domingo, de repente, vira poesia, e o "s" vira asa que te traga, depressa, com dois "s", que é pra voar mais rápido, e "p" de papel, nem que seja de pão, pra virar caderno de verso escrito com caneta bic e minha letra torta, e o "ia" pula duas casas no tabuleiro e é já "vai", e vem de "o", podia ser do meu nome, mas oh só, vê bem, o domingo rumando pra segunda, e o poema migrando pros teus braços...

sexta-feira, 16 de março de 2018

quarta-feira, 14 de março de 2018

Ponto de vista

Tem tempo que eu passo, e repasso, teu passo, sapato, teu pé, encantado, cantado, em verso, em prosa, vírgula por vírgula, meu ponto de vista

terça-feira, 13 de março de 2018

segunda-feira, 12 de março de 2018

domingo, 11 de março de 2018

Domingo e espaço!

Espaço demais, e parece que meu abraço não te alcança, domingo infinito, eu nado em concreto, dirijo devaneios a oitenta por hora, por hora... primeiro eu te escrevo, segunda no retrovisor, terça estudo geografia pra brincar de te buscar no globo, um quarto de minuto e eu forjo um poema de pernas compridas que corra e te alcance, para além do meu braço, que beire teu beijo...

Style


sexta-feira, 9 de março de 2018

Verso e noite

Tempo de verso, de saudades condensadas e chuvas plurais, ais, eitas, pausas pro suspiro, piro eu, penso tu, titubeio na borda da noite, tateio teu tempo, eu tento teu tato, tanto...

quinta-feira, 8 de março de 2018

terça-feira, 6 de março de 2018

Poema concreto

Há de haver a concretização do poema, ainda que seja escrevê-lo em paralelepípedo, mas há de haver, mesmo que passem eras galáticas, que o universo se desconstrua e se arremede novamente, o poema que almeja se realizar em tua boca deve ser capaz de atravessar big-bangs e até mesmo noites de domingo, quando talvez a noção do que seja domingo se perder e o idioma surgir já como algo distinto, quiçá telepatia, o poema há de traçar a linha mestra que volteia esse tabuleiro gigante e há de contornar teus lábios, nesse tempo que não é tempo, pra trazer palavras mornas do meu verso que quer é roçar teu beiço mimoso.

segunda-feira, 5 de março de 2018

domingo, 4 de março de 2018

Horas curtas

A chuva se espalha pelas ruas de concreto, encharca os barquinhos de papel, confunde os dias da semana, provoca os despertadores que são já aparelhos de celular, embala os sonhos nas horas curtas... as horas são sempre curtas pra te sonhar

sábado, 3 de março de 2018

Dos princípios da administração pública ou do tec-tec do suspiro

Ando a pintar verso pelas divisórias da repartição pública, eu que não publico meus versos, divido meu tempo entre cafés e a caneta que te escreve... mentira, jeito de falar, é o teclado que de tec em tec vai despejando suspiros pela impessoalidade como princípio da administração, vertendo cada canto da rés pública em rés apaixonada, principiando por falar da tua pessoa, das letras do teu alfabeto, dos tempos do passo, do pra lá e pra cá, sobretudo pra cá, que é cá de café, que é perto de mim...

sexta-feira, 2 de março de 2018

quinta-feira, 1 de março de 2018

Yo La Tengo - "For You Too" (Official Audio)

Quintana e reticências

"As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho."
Mário Quintana