Há de haver a concretização do poema, ainda que seja escrevê-lo em paralelepípedo, mas há de haver, mesmo que passem eras galáticas, que o universo se desconstrua e se arremede novamente, o poema que almeja se realizar em tua boca deve ser capaz de atravessar big-bangs e até mesmo noites de domingo, quando talvez a noção do que seja domingo se perder e o idioma surgir já como algo distinto, quiçá telepatia, o poema há de traçar a linha mestra que volteia esse tabuleiro gigante e há de contornar teus lábios, nesse tempo que não é tempo, pra trazer palavras mornas do meu verso que quer é roçar teu beiço mimoso.
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