segunda-feira, 31 de dezembro de 2007


juro que danço sozinho, protegido pelas luzes apagadas e pelo barulho lá fora, o mundo é surdo
e eu sou cego, dois dedos de álcool e o tal mundo se rende, e atiro pela janela toda certeza analítica que faça casa em meu covil de arbítrios, sejam livres ou maquiavelicamente entorpecidos, só há espaço para um passo e depois o outro, nas vagas horas que se juntam a meus pés, aspirantes de ares mais altos, mais nobres que meus desejos sujos que poluem todo o ambiente, daqui até a lua há uma ponte construída unicamente da vontade absurda de fazer daqueles lábios a verdade do mundo, única e absoluta, fonte húmida de toda a sede que deserto algum já viu...

Nenhum comentário: