Folheio meu livro de Drummond a procura de uma palavra que cale a madrugada, pois as minhas estão todas gastas. É engraçado perceber que seu vocabulário não abarca o mundo, principalmente pra quem, algum dia, imaginou um mundo de linguagem, meio primeiro-wittgenstein, meio Drummond mesmo. Ah palavra mágica, que se esconde na manga, quinem carta (que nem é de amor, no máximo de copas). Rio sozinho de quando quis me sentir Pessoa ridícula e escrevi carta de amor (não sou Florentino Ariza), mas a tal palavra não veio e a carta se perdeu em seus tempos verbais.
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