domingo, 1 de julho de 2007

Essa noite sonhei que o vento era brisa e veio soprar segredos de primavera ao meu ouvido, mas era inverno e eu tinha os pés no chão agora, não brincava mais de amarelinha na calçada alheia e ainda por cima sofria de insônia, o que queria dizer que já não sonhava a noite, então era delírio noturno de uma mente insone. Vai ver que sonhei de dia que sonhava a noite... e Ana Karenina em sua atemporal estação de trem me veio a cabeça. Sempre a imaginarei na estação, uma vida congelada na estação, como se lá estivesse até hoje, presa num intante, na eternidade de um instante. E a imagino com uma sombrinha roxa, presa na história com uma sombrinha roxa, e cada um prende os pés aonde pode.

Nenhum comentário: