Estive pensando sobre a possibilidade de dar vida a um blog, se seria mais ou menos como plantar uma árvore, escrever um livro, ter um filho, sei lá, esses tantos projetos que parecem nos perseguir, quando na verdade nós é que os criamos. O velho Sartre costumava dizer que não se pode fugir as escolhas, e isso é liberdade. ai ai...
Adoro as possibilidades que a vida contemporânea nos proporciona, mesmo que essas mesmas possibilidades nos condenem. Estou condenado a ter uma infinidade de bons filmes, bons livros, bons jogos, boas músicas, etc etc etc, e sei que não darei conta de tudo o que quero até o fim de minha perene existência. Eis a crueldade de ter de escolher. Hoje escolhi fazer um blog, talvez com a vaga esperança de que o blog também me faça, me construa, mas acho que só quero uma desculpa pra despejar descompromissadamente (palavrão) minhas vogais e consoantes, dar vida a um monstro que não é o de Mary Shelley e me perguntar sobre criador e criatura.
Por que "ilha de Ícaro"? Sei lá... me passou pela cabeça a idéia de que o extasiado Ícaro pudesse achar uma Pasárgada, uma lanterna dos afogados, e de sua queda pudesse surgir algo. Lembrei também de Sancho e sua ilha cercada de terra por todos os lados, talvez Ícaro achasse de fazer seu pouso forçado por lá, talvez não...
No mais, já escrevi demais
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