segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008


seus pés descalços beijam o chão frio, e giram e giram e giram, o mundo é um salto, é uma volta completa, uma roleta-russa, um saxofone, um poema de Pessoa. é corpo em sentido anti-horário, círculo de Dante, Beatriz em traje de banho, e seus pés ainda sentem o atrito do chão, é a gravidade das coisas, dos atos e hiatos que separam, e a ida, despedida, e a volta, é o círculo, que é farsa, porque o ponto não é mais o mesmo, se perdeu em alguma outra volta, dessa vez de algum ponteiro malvado, ponteiro de Heráclito, no rio, seus pés molhados

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