domingo, 15 de novembro de 2020

sanidade, gatos, Drummond e orelha, oras

 passei foi dia pensando que pensar tua orelha é um poema por si só, embora só esteja é eu mesmo, sem tua orelha, mas com poema, de Drummond, mesmo não sendo substituto do mesmo naipe, devo dizer, quiçá em poema, e aí não de Drummond, mas meu, ou teu, se assim fizer sentido, e se o sentido do poema for a destinatária, e há destino nisso? Digo, destinar meus poemas, que não são de Drummond, a uma pessoa, enquanto leio Drummond, em troca imperfeita da sensação da orelha dessa pessoa? Inda acho que orelha dá pra morder e encontrar um tantinho de carne, enquanto poema eu fico aqui mordendo o ar e fazendo com que meus gatos se preocupem com minha sanidade

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