domingo, 18 de abril de 2021

Crônicas de suspiros

Tropecei no ar, sete vezes, antes de tomar o primeiro gole de café preto pela manhã. Sonhei que nos esbarrávamos em alguma rua sem nome, dessas que só entram pra história privada, nunca a pública, que vão para os livros de poesia, nunca os de História Geral. As crônicas de suspiros se propõe a preencher contas do gmail. Quanto de meu subconsciente te verte em persona onírica, quanto te derrama em linhas de fim de noite, quanto te bebe no café e te abocanha no pão de queijo? A gente acorda e traz o sonho pra manhã cinza, e por vezes não lembra do sonho. Sorri sem saber de onde, resmunga pra louça e questiona a metafísica do café preto. E tricota com o suspiro, pra fazer corda, e tropeçar no ar.

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