segunda-feira, 1 de novembro de 2021

poema de um primeiro dia de novembro

e, em dia nublado, te gosto mais que coca-cola... e essa proposição não precisa fazer sentido, nem ter fim, ou começo, pode ser a frase do meio, em um romance escrito em visita de férias a João Pessoa, ou um código secreto a ser desvendado em um artigo acadêmico, enigma em língua do "p" guardado em um caderno infantil, vestígio arqueológico em um traço do que foi a humanidade, a ser descoberto por civilizações alienígenas no que equivaleria ao nosso século XXXV, bilhete passado pra frente na carteira da escola, trecho de carta de amor pessoana e ridícula, advertência do Ministério da Saúde, suspiro poético e saudade, refrão de balada de bandinha fracassada de garagem, mensagem de biscoito da sorte, em garrafa de náufrago, título de tratado filosófico que versa sobre a condição humana, primeira frase balbuciada por nosso filho hipotético e hiperativo ou poema de um primeiro dia de novembro

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