sábado, 31 de maio de 2025
sexta-feira, 30 de maio de 2025
quinta-feira, 29 de maio de 2025
quarta-feira, 28 de maio de 2025
gosto e tato
Em meus delírios de pitomba, meus devaneios de seriguela, meus desejos de caqui, de tu aqui, em comum o gosto pelo gosto, incomum, e a vontade do tato, de tocar o teto do céu
terça-feira, 27 de maio de 2025
segunda-feira, 26 de maio de 2025
domingo, 25 de maio de 2025
sábado, 24 de maio de 2025
sexta-feira, 23 de maio de 2025
arredores
adoro, já, teus arredores, desde antes de chegar a teus joelhos... construo um raio de bem-querência a teu redor, só pra fazer valer meus parcos conhecimentos de matemática, na esperança de que um mais um, em poesia, para além da matemática, queira dizer tu e eu,
quinta-feira, 22 de maio de 2025
quarta-feira, 21 de maio de 2025
Fernando Sabino
"Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro!"
Fernando Sabino
terça-feira, 20 de maio de 2025
segunda-feira, 19 de maio de 2025
Hermann Hesse
domingo, 18 de maio de 2025
sábado, 17 de maio de 2025
sexta-feira, 16 de maio de 2025
Mário Cesariny
"Só há três maneiras de viver neste mundo: ou bêbado, ou apaixonado ou poeta.” Mário Cesariny
quinta-feira, 15 de maio de 2025
quarta-feira, 14 de maio de 2025
terça-feira, 13 de maio de 2025
cartas
te vejo nas cartas
de amor, de baralho, de tarô
em minhas taras
na cartografia do desejo
no desejo
nos poemas
William S. Burroughs
"What does the money machine eat? It eats youth, spontaneity, life, beauty, and, above all, it eats creativity. It eats quality and shits quantity." ~ William S. Burroughs
Carlos Drummond de Andrade
Caso pluvioso
Carlos Drummond de Andrade
A chuva me irritava. Até que um dia
descobri que Maria é que chovia.
A chuva era Maria. E cada pingo de
Maria ensopava o meu domingo.
E meus ossos molhando, me deixava
como terra que a chuva lavra e lava.
Eu era todo barro, sem verdura...
Maria, chuvosíssima criatura!
Ela chovia em mim, em cada gesto,
pensamento, desejo, sono, e o resto.
Era chuva fininha e chuva grossa,
matinal e noturna, ativa...Nossa!
Não me chovas, Maria, mais que o justo
chuvisco de um momento, apenas susto.
Não me inundes de teu líquido plasma,
não sejas tão aquático fantasma!
Eu lhe dizia em vão – pois que Maria
quanto mais eu rogava, mais chovia.
E chuveirando atroz em meu caminho,
o deixava banhado em triste vinho,
que não aquece, pois água de chuva
mosto é de cinza, não de boa uva.
Chuvadeira Maria, chuvadonha,
chuvinhenta, chuvil, pluvimedonha!
Eu lhe gritava: Para! e ela chovendo,
Poças d’água gelada ia tecendo.
E choveu tanto Maria em minha casa
que a correnteza forte criou asa
E um rio se formou, ou mar, não sei,
sei apenas que nele me afundei.
E quanto mais as ondas me levavam,
as fontes de Maria mais chuvavam,
de sorte que com pouco, e sem recurso,
as coisas se lançaram no seu curso,
e eis o mundo molhado e sovertido
sob aquele sinistro e atro chuvido.
Os seres mais estranhos se juntando
na mesma aquosa pasta iam clamando
contra essa chuva estúpida e mortal
catarata (jamais houve outra igual).
Anti-petendam cânticos se ouviram.
Que nada! As cordas d’água mais deliram,
e Maria, torneira desatada,
mais se dilata em sua chuvarada.
Os navios soçobram. Continentes
já submergem com todos os viventes,
e Maria chovendo. Eis que a essa altura,
delida e fluida a humana enfibratura,
e a terra não sofrendo tal chuvência,
comoveu-se a Divina Providência,
e Deus, piedoso e enérgico, bradou:
Não chove mais, Maria! – e ela parou.
segunda-feira, 12 de maio de 2025
domingo, 11 de maio de 2025
sábado, 10 de maio de 2025
sexta-feira, 9 de maio de 2025
quinta-feira, 8 de maio de 2025
quarta-feira, 7 de maio de 2025
terça-feira, 6 de maio de 2025
segunda-feira, 5 de maio de 2025
domingo, 4 de maio de 2025
sábado, 3 de maio de 2025
hum
tem dia em que a gente escreve porque a vida não rima
e vai que o verso encontra um sentido
e vai que a vida, se não rima, ruma
hum