terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Hora torta

Em torta hora, eu me aprumava, pra ver teu Sol fazer sombra no coqueiro. Eu queria era água de coco. Mentira. Água eu tinha era na boca, imaginando tua sombra no Sol pra cá do Equador, essa tal linha imaginária que me remete à tua cintura, e a essa altura todas as linhas me levam não a Roma, mas a teu rumo, e se não sei pronde é, então é só me perder, perder a noção das horas e orar pro Deus do infinito, que é Sol desde antes do tal homem branco bater por essas bandas, e eu me debandando pro lado do sono, pescando teus beijos em semi-sonhos da tal hora torta.

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