sábado, 20 de fevereiro de 2021

verbo e esboço e conjecturas

Nossa Senhora do Esboço, me empresta tua caneta, pra eu rabiscar umas linhas sobre cotovelos, sobre metafísicas e panturrilhas, escadarias e o cume das horas que por ventura poderia desaguar em um suspiro recompensado por um leve toque de mãos, ó senhora daqueles que pecam, e vestem a carne e almejam inclusive a mordida sobre a carne alheia, e até sobre a própria, nesse caso o que é alheio é a mordida, alheio mas tão próximo, como as mãos que se unem pra fazer uma oração, ou abraçar um teclado, em busca de emocioná-lo até que dele pulule o verbo, que o verbo é sagrado, santinha, e o verbo morde, maçãs e bochechas.

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