domingo, 9 de janeiro de 2022

bonde

de domingo em domingo, faço um poema, café da tarde, alcanço o bonde, não há mais bonde, como Minas, mas há café, metade da política, e há política, incessante, de domingo a domingo, martelada em sentenças curtas... o poema por vezes é curto, ressabiado, um pé atrás, como quem espia da esquina, e às vezes espia mesmo, lentes de caleidoscópio, olhos de maracujá, sonhos de tangerina... tangencia, o poema, volteia a lagoa, pra dizer do joelho, pra dizer do universo, pra dizer do domingo...

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