sábado, 13 de janeiro de 2024

eira

Peleja, a noite, pela ribanceira, só pra pegar meu sonho e ver tuas sobrancelhas, nas janelas de meu devaneio

insiste a hora, tan leja, em apontar o ponteiro pro meu próximo suspiro

ponta da noite

pontada no meu coração

ponto pra quem contar os passeios desse coração por calçadas mais minhas que dos donos das casas,

e da dona das sobrancelhas


e sobra noite?

Sobro eu ao verso, ao cabo, pelejo por linhas inteiras e meios-fios

tenho a beira da noite, ainda

eira era teu nariz

Nenhum comentário: