sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Meu poema de Drummond

Meu poema de Drummond é tão bom que nem é mais meu. 
Diz umas coisas que não consigo. 
Consegue alcançar distâncias que minhas pernas ignoram.
Vai até páginas do dicionário que não enxergo.
Beija tua alma de um jeito que minhas palavras dão conta não.
Conta uns causos que me deixam perplexo.
Fala do teu sorriso de um modo que até me apaixono de novo.
E esse meu poema de Drummond, vai ver, é poema de Drummond que é meu.
Vai ver Drummond escreveu um poema só pra eu te enviar.
Vai ver o poeta de Itabira captou, atemporalmente, o brilho nos olhos de quando te imagino.
E imaginou um poema, que seria imaginado por mim enquanto te imagino.
Eita, esse tal poema de Drummond é porreta!

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