domingo, 3 de novembro de 2019

fuso

hoje o fuso quase que me confunde, funde minha cuca, crocodilo de Pan, tragou o tempo, quase que não sobra domingo pra eu sorrir em palavras, cochichar um versinho em wi-fi que almeje alcançar tua conexão. Hoje quase que o tempo me devora, hora após hora, só se salvava o minuto de afago à palavra, um quase nada que é quase tudo, de inimigo do Chapolin colorado a meu desejo incontido por tuas bochechas vermelhas, poema em rubor, que poema também pode ter cor, para além daquelas canetas da infância em que cada botão era um emaranhado de tons inusitados... poema se veste de azul, por vezes, pra brincar de céu e te sobrevoar, ou se pinta no verde da árvore, só pra te dar um minuto de sombrinha... o tal minuto do afago à palavra.

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