terça-feira, 6 de outubro de 2020

coaxar

viro sapo, coaxo, em poema de Bandeira, te dou bandeira, e quem fala isso ainda hoje em dia? eu te digo, oras, a mim, que não sou príncipe, resta poemar, em Bandeira, ou Bilac, se além do devaneio, parnaseio, por ventura, em minha aventura de sapo cururu, da beira do rio, de janeiro a dezembro, de Caruaru a Juazeiro, eu coaxo e coaxo, e acho é pouco, que da altura de um sapo consigo ver teu tornozelo.

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