domingo, 2 de agosto de 2020

a festa dos sentidos

De todas as minhas abstrações, percursos inusitados da caixola num domingo à tarde, de todos os meus atalhos do verso, das ruelas que a palavra toma quando distraída, da carriola de suspiros emancipados, dos deslizes do inconsciente, do semi-sorrir enquanto brinco de amarelinha por calçadas alheias, de todas as horas que fogem aos ponteiros...  de tudo isso, o encontro de meu pensamento com tua cintura, e, para além disso, o inefável, que o tato por vezes permeia a palavra, impregna o pensamento, povoa o sonho, ativa o paladar, liberta o olfato e há, então, a festa dos sentidos.

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