sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Perco a hora

Perco a hora.

Perco a hora.

A hora, no entanto, me acha.

E é tempo de fazer verso.

Tempo de Júpiter e Saturno no céu.

Janela astral pra espiar tua silhueta.

Desenhar uma cantada às tuas sobrancelhas.

Aproveitar, pois, que a hora me achou.

E pedir, assim, dois minutinhos com tua orelha esquerda.

Só pra construir constelações.

Só pra reinventar o tempo.

Em big-bangs que hão de ganhar tradução.

Em traduções que hão de querer dizer dos teus lábios.

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