quarta-feira, 5 de março de 2008

Drummond sobre a ausência...

“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.!“
Drummond

dá quase vontade de abraçar a ausência de Drummond...

3 comentários:

Anônimo disse...

que lindo...
dá vontade mesmo de abraçar a ausência de Drummond...

Vc conhece uma música do Jorge Drexler chamada "La edad del cielo?"

O Paulinho Moska fez uma versão que, para mim, fala um pouco desta questão da ausência... ou pode ser só uma viagem minha... tão
impregnada que estou pela solidão...
o que vc acha?


"Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu...

Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu...

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu...


Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do sol
No jardim do céu...

Não damos pé
Entre tanto tic tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu...

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu..."

Orlando Biano disse...

muito bacana essa música. Adoro os vários sentidos que a palavra céu encerra em si, ao menos em portugês, já que o paraíso dos anglo-saxões não se confunde com o nosso céu. Só olhar pra cima já suscita o desejo de que o paraíso se confunda com o céu de fato. Isso se eu não fosse ateu. rs

Anônimo disse...

[:)]