Todas as horas de labuta que sustentam os pilares da sociedade ocidental representam não mais que um pálido artífice ante a curva que faz tua orelha esquerda, e as carapuças que vestem senhoras respeitáveis e senhores de gravata, perfilados de Cuiabá a Pequim, timidamente almejam trajar-te, sem sucesso, em meio a quimeras suspensas no ar, que sonham ser sonhos em tua cabeceira, ou beira de mundo que te rodeie, dada a injusta proporção de terra pra água, e água salgada, que beija tantas margens do mundo e raramente te vê, no entanto, subindo a maré em fútil tentativa de ficar mais rente a um de teus vestidos, este sim, cioso de seu papel no mundo, mais concreto que o de minhas palavras não impressas que buscam envolver-te em uma dança que faça enrubescer as minhas tantas reticências...
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